Com a definição do quadro de candidatos que disputarão as eleições em outubro próximo, temas de interesse dos eleitores começam a ser debatidos e as propostas apresentadas à sociedade.
Além dos problemas que influenciam o cotidiano das famílias brasileiras, sobretudo nas áreas básicas como da segurança, saúde e educação, um tema também conhecido mereceria, pela sua relevância estratégica, figurar nas pautas de prioridades dos candidatos: as grandes deficiências do Brasil nos setores de infraestrutura e inovação, desafios que o País precisa enfrentar para crescer de maneira consistente e sustentável.
As deficiências operacionais são inúmeras e, ao que se viu até agora, são impeditivos para consolidar e acelerar o ritmo de crescimento brasileiro.
Os baixos padrões e altos preços (custo Brasil) da infraestrutura, motivados por um sistema de transportes rodoviários custoso, de uma malha ferroviária pequena, de portos e aeroportos congestionados e de um potencial hidroviário inexplorado que se somam à preocupação de todos com o não cumprimento de contratos firmados e com a corrupção nas autarquias públicas, de um Estado cada vez mais deficitário.
A isso se soma a falta de mão de obra qualificada para preencher vagas cruciais nas empresas e a ausência de políticas consistentes de fomento à pesquisa e ao desenvolvimento de novas tecnologias, com a aproximação entre empresas e universidades, fatores inibidores à ampliação da capacidade de geração de renda no País.
Há interesse pelo potencial nacional no exterior, principalmente pelas perspectivas que o Brasil apresenta.
Um país de renda média com uma população que já superou o patamar de 200 milhões de habitantes se revela um espaço de oportunidades e um dos mercados mais atraentes do mundo, especialmente para investimentos que buscam novos destinos diante da crise tarifária estabelecida entre os Estados Unidos, Europa e China.
As dificuldades enfrentadas pelo Brasil em vários setores são conhecidas pelo empresariado, que há muito reclama das autoridades constituídas a adoção de planos de metas factíveis, de médio e longo prazos, visando a superação dos obstáculos para acelerar o crescimento econômico.
Neste sentido, é de se esperar que os candidatos à Presidência e os governos estaduais estabeleçam seus planos de governo integrados e balizados em projetos voltados a eliminar as carências conhecidas, de forma a favorecer o estabelecimento de um ciclo perene de desenvolvimento social e econômico, gerando confiança e esperança de melhoria das condições de vida da população.
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