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Opiniões

05 DE JULHO DE 2017

Okja

Por: Da Redação

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Okja foi muito falado esse ano graças a sua participação do Festival de Cannes. Na verdade, ficou mais conhecido pela polêmica, já que concorreu à Palma de Ouro e, produzido pela Netflix, não iria ter lançamento nos cinemas. A situação fez até com quem o Festival mudasse as regras para o ano que vem. Mas enquanto isso, Okja chegou nas TVs de todo o mundo semana passada.

O filme, dirigido por Joon-ho Bong, é na verdade uma pequena fábula sobre uma menina coreana e seu bichinho de estimação. Mas como estamos falando o diretor de O Hospedeiro e Expresso do Amanhã, nada é simplesmente o que parece.

A trama conta a história de Mija e Okja, a segunda, uma superporca criada em laboratório por uma empresa alimentícia com o objetivo de colocar no mercado não só uma nova carne, mas sim uma que todos sejam apaixonados por ela. Para isso, faz uma promoção onde um punhado de fazendeiros espalhados pelo mundo ficam responsáveis cada um por uma criatura.

Todo esse cuidado, dez anos depois, se transforma em um competição pelo maior e mais bonito superporco, o que faz com que Mija e Okja sejam separadas, mas também motiva a garotinha a largar a vida no campo e ir em busca da amiga. No caminho ainda dá de encontro com um grupo de protetores de animais liderado por Jay (Paul Dano).

Dessa salada toda ainda surge Tilda Swinton (sempre incrível) como a dona dessa empresa que criou Okja e seus semelhantes e Jake Gyllenhaal (despirocado e espalhafatoso… talvez até demais) como apresentador do concurso. Mas como eu disse, tudo uma grande salada.

De qualquer jeito, Okja tem essa bandeira levantada, e até fará muito gente acabar o filme sem muita vontade de comer carne, mas Bong aposta muito mais na trama bem linear e uma série de contratempos que movem a trama, do que na vontade de discutir o assunto. Uma força que Bong emprega muito melhor em todos seus outros filmes, ainda que nunca reféns de uma bandeira levantada.

Tanto Expresso do Amanhã quanto O Hospedeiro são essas fantasias metafóricas, enquanto Mother um labirinto de emoções e Memórias de um Assassino (o melhore deles) um mosaico de impressões. Mas mais que tudo, são histórias poderosas, intensas e com um vigor incrível, o que faz agora de Okja o mais fraco deles.

Mas isso não prejudica Okja, só não o permite que seja tão empolgante como o resto de sua filmografia. Mas talvez a ambição do diretor, de conseguir ser visualmente interessante e ainda por cima deixar uma mensagem no final para todos pensarem a respeito, isso ele consegue e agora está ai ao alcance de seu controle remoto e seu sofá.

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