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Opiniões

25 DE JUNHO DE 2019

Os inimigos no poder

Por: Da Redação

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“E bota a mão na carteira (Não tem nada) / E bota a mão no outro bolso (Não tem nada)/ Vai procurar mais um emprego (Não tem nada) / E olha nos classificados (Não tem nada) / E vai batendo o desespero (Não tem nada)/ Essa é a dança do desempregado/ Quem ainda não dançou tá na hora de aprender/ A nova dança do desempregado/ Amanhã o dançarino pode ser você”.

Gabriel o Pensador, já fazia desde o final da década de 90, na música A dança do desempregado, uma crítica social sobre o desemprego e suas causas no País. A taxa de desemprego no Brasil ficou em 12,5% no trimestre de fevereiro a abril deste ano, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O número de pessoas desocupadas chegou a 13,2 milhões, uma alta de 4,4% em relação ao trimestre anterior, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). Inclusive, subiu para 46% o número de pessoas sem ocupação profissional há dois anos.

Cegos

Enquanto o desemprego aumenta e outras mazelas sociais crescem, os políticos parecem se importar em criar leis que dificultem ainda mais o desenvolvimento da Nação, dentre elas, restringir novas tecnologias, frear o surgimento de mais empresas, e consequentemente, novos empregos.

Recentemente, a Prefeitura de São Paulo afirmou que pretende exigir que empresas de entrega por aplicativo acabem com a remuneração por serviço. A prática é apontada pelos políticos como uma das causas para o aumento das mortes de motociclistas na cidade. Segundo os motoboys, muitos entraram no ramo porque desistiram de procurar emprego formal.
Outra lei absurda, dessa vez apresentada na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, é a exigência de habilitação para usuários dos patinetes motorizados. Os deputados justificaram o projeto de lei dizendo que se “preocupam” com o bem-estar dos usuários.

Inócua

O país afundado cada vez mais numa crise econômica, com tantos trabalhadores pais de família, que deram 30, 40 anos de suor para suas respectivas empresas, sendo demitidos e os políticos, pensando e produzindo leis midiáticas e inócuas e atrasando a vida de quem realmente quer trabalhar, ao contrário deles.

Vale lembrar ainda quando do surgimento do Uber no país, a Câmara de Santos aprovou lei em 2014 proibindo o serviço. Hoje a grande maioria da população utiliza o aplicativo, mais barato e eficaz. Na esteira da evolução tecnológica, surgem novas oportunidades. Isso porque aumentou na Baixada Santista o número de bikeboys por aplicativos de entrega de comida e outros produtos.

O delivery, de forma autônoma ou por contrato de trabalho, está aquecido no Brasil, movimentando cerca de R$ 10 bilhões anualmente.
O falecido ex-deputado federal, Éneas Carneiro dizia que “a política brasileira é a inimiga número um do cidadão brasileiro”. Nunca foi tão profético.

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