Com a aproximação das datas das convenções partidárias, os bastidores da política fervem, com acordos, trocas e acusações.
Afinal, em tempos de pandemia e limitações no contato com os eleitores, nunca o horário eleitoral gratuito de rádio e TV foi tão valorizado.
Paz no ninho
O PSDB fez mistério, mas confirmou aquilo que até os pombos da Praça Mauá sabiam.
O ex-secretário municipal Rogério Santos (foto) foi o escolhido.
O edil Augusto Duarte chegou a pleitear a vaga, sem sucesso.
Longevidade
Assim, os tucanos – liderados pelo prefeito Paulo Alexandre Barbosa – acertam os últimos detalhes para aglutinar o maior número possível de partidos para a campanha de Rogério ganhar musculatura e tempo no horário eleitoral.
A meta é manter-se no poder.
Se alcançada, o PSDB será o partido que mais tempo governará a Cidade de forma ininterrupta desde a retomada da autonomia, nos anos 80, quando a Cidade elegeu Oswaldo Justo.
E empataria em tempo com o MDB (antes PMDB) no período, mas em décadas e épocas distintas.
O MDB esteve no poder com Oswaldo Justo (84 a 88) e João Paulo Papa (2005 a 2008 e 2009 a 2012).
Outros partidos também estiveram no poder por oito anos, como o PT, com Telma de Souza (1989-1992) e David Capistrano (1993-1996). Na época, não havia reeleição.
E o PP (ex-PPB), atual Progressistas, com Beto Mansur (1997 a 2000 e 2001 a 2004).
Catraia-45 I
O DEM – aliado histórico tucano – já está com os dois pés na Lancha-45, em razão da desistência do deputado Paulo Correa de entrar na disputa.
Algo previsível, aliás.
Afinal, o vereador Adilson Jr (Progressistas) é amigo pessoal de Correa e líder do governo na Câmara. Basta ligar os pontos…
Catraia-45 II
Quem também já aderiu – ainda que não oficialmente – é o Progressistas.
A desistência do deputado Kenny Mendes de entrar na disputa abriu espaço para a união, a ponto de ser bem provável que o vice seja indicado pelo partido.
Nos bastidores, o médico Adriano Catapreta está cotado.
A conferir.
Melou
Outra agremiação que estaria com os tucanos seria o PTB.
Afinal, o vice-prefeito Sandoval Soares estava no comando da legenda até que o empresário Bayard Umbuzeiro (foto) se colocou como candidato à Prefeitura, eliminando a chance de apoio à chapa governista.
Aguardando a união
Por questões óbvias, Rogério Santos terá os apoios do prefeito Paulo Alexandre e também do governador João Doria (foto).
No entanto, até agora não está claro quem efetivamente receberá a unção do presidente Jair Bolsonaro – se isso vier a ocorrer.
Cabo eleitoral
Afinal, não faltam pré-candidatos com ideologias semelhantes a do presidente para entrar na disputa, o que, de certa forma, dividirá o eleitorado conservador.
Afinal, Bolsonaro obteve na Cidade 168.843 votos (71,35%) no segundo turno em 2018.
À esquerda
Por sua vez, a esquerda permanece, como de costume, desunida. PT, PSTU, PCdoB, PSOL tendem a lançar nomes, dividindo ainda mais o eleitorado.
Ponto de interrogação I
Neste cenário, paira uma dúvida em relação ao PSB, partido com viés de esquerda, mas com algumas lideranças locais bem próximas ao presidente Bolsonaro, o que provoca urticária nos pessebistas históricos.
Ponto de interrogação II
Mesmo liderando as pesquisas, a deputada Rosana Valle (foto) ainda não sinalizou se entrará ou não na disputa.
Deve-se lembrar que o presidente estadual do partido, Marcio França, recebeu apoio explícito do prefeito Paulo Alexandre nas eleições ao governo paulista em 2018.
Haverá reciprocidade agora?
Bola fora
Apesar de não ter recursos estaduais na obra do viaduto fashion da entrada de Santos, pegou mal a ausência do nome do governador João Doria, convidado para a solenidade, na polêmica placa instalada no local.
Aliás, o MP está de olho nos nomes e cargos dos mesmos gravados nela.
Quem responde…
Até…
quando a CET será conivente em aceitar os abusos praticados pela empresa de transporte municipal?