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Opiniões

31 DE MAIO DE 2012

Planeta Terra

Por: admin

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Apesar de toda facilidade que se apresenta hoje em termos de sexualidade, com revistas e sites que trazem informações de todos os níveis e para todas as dúvidas, ainda me surpreendo com questões quase ingênuas, que parecem vindas  do tempo da minha avó. O que me mostra a multiplicidade de emoções que permeiam esse assunto , me trazendo a responsabilidade de cada vez mais realizar comentários sérios e lúcidos.  
No mesmo dia em que sou chamada a falar sobre sexualidade de adolescentes por universitários, recebo um e-mail sobre a necessidade em se discutir a sexualidade na idade madura, dita melhor idade, e encontro uma jovem que está “ficando com um cara” e descobre que apesar disso ele está pronto para se casar com outra e ela chora e se lamenta, pois seu sonho romântico está indo por água abaixo.
Isso dá nó até em cabeça de terapeuta de casais, pois são tantas possibilidades de desencontros, que como diria a música se apresentam tudo junto e misturado, mas hoje me permito comentar a questão do ficar por crer ser mais comum e atual.
Apesar das possibilidades de encontros casuais, as expectativas e os envolvimentos emocionais se mostram, fazendo com que, principalmente as mulheres, acabem vendo borboletas onde não existem.
Ainda é comum um ritual da solteirice masculina e, às vezes até dos casados, exercitarem toda sua capacidade de sedução para se sentirem potentes. Sem dúvida, isso ocorre mais com os carentes e de certo modo fracos e insatisfeitos.
Além do aspecto ético, essa história traduz ainda a mão dupla em que homens e mulheres caminham em busca da realização afetivo-sexual. Elas querem romances e eles querem experiências. Incomoda-me falar assim, pois sempre quis acreditar que fossemos do mesmo planeta e não de Marte uns e de Júpiter outros.
Urge que se discuta e repense um pouco mais sobre os valores que uma relação equilibrada e com projetos em comum trazem em amadurecimento e conquista pessoal.
Entregar-se à paixão é tudo de bom, mas desde que seja construtiva e nos dê retorno, traduzido em paz, alegria e felicidade. Aspectos que relacionamento com desigualdade de propósitos pouco trazem.
Quando as histórias são muito diferentes entre si , os propósitos divergentes, deve-se perceber quando um não tem espaço na vida do outro ao invés de alimentar ilusões. Esta atitude traduz a liberdade de fazer escolhas não atreladas a uma história que não nos pertence, aliada ao prazer de construção de seus próprios anseios com algum sentimento de dor ou perda num primeiro momento, mas com o lucro perene de ter sido a artesão ou artesão de sua própria história.
Conhecer pessoas legais – em relacionamentos em que cada um seja a prioridade do outro –  com certeza trará mais chances de alcançar a felicidade. 

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