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08 DE ABRIL DE 2022

Política da ojeriza

Por: Humberto Challoub

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A medida em que as eleições de outubro se aproximam, a polarização entre as correntes políticas alinhadas à esquerda e à direita ganha maior dimensão e transformam as redes sociais em autênticos campos de batalha, revelando o lado sombrio, sórdido e desumano de personalidades e representantes políticos que, pelo histórico de atuação partidária e pelos cargos que ocupam, deveriam preservar valores éticos e morais em respeito à sociedade que os mantêm.

Considerações jocosas, mentiras elaboradas, acusações sem fundamentos e ataques à honra e à dignidade têm sido comuns nos ambientes onde o debate plural e democrático deveria predominar. Enquanto prevalecem os atos de leviandade e a tentativa de formação de estereótipos, as discussões sobre as soluções para os principais problemas do Brasil ficam à margem, favorecendo assim, mais uma vez, os arautos da superficialidade.

O atual momento vivido pelo País impõe a urgente necessidade de expansão das atividades econômicas para a geração de novos postos de trabalho e, por isso, deve obrigatoriamente figurar no centro dos debates políticos onde quer que eles ocorram.

Uma oportunidade que não pode ser desperdiçada por caprichos, egocentrismos e interesses outros que não sejam o bem maior da população brasileira.

Mais do que dedicar tempo na promoção de ataques nocivos aos seus oponentes e aos que demonstram posições antagônicas, as atuais e futuras lideranças políticas deveriam, por obrigação de ofício, focar esforços na busca de medidas que tragam benefícios à população, como a realização das reformas almejadas pela sociedade brasileira, especialmente as que dizem respeito aos sistemas tributário e político-eleitoral.

A instituição do regime democrático, que tem na irrestrita liberdade de expressão um dos seus principais pilares, trouxe inúmeros benefícios para a sociedade brasileira, porém faz-se necessário o seu aprimoramento para a supressão das imperfeições identificadas, sobretudo no tocante aos exageros cometidos, ao desrespeito contínuo às instituições e, sobretudo, o desprezo aos conceitos de humanidade e civilidade.

Os votos de confiança subscritos por milhares de brasileiros devem ser entendidos como a outorga necessária para que os eleitos coloquem em curso as medidas defendidas durante a campanha eleitoral.

A todos, sem exceção, deveria interessar o sucesso dos escolhidos, uma vez que seus bons resultados serão benéficos ao conjunto da sociedade, especialmente aos que ainda permanecem à sua margem. A democracia deve ser praticada e construída com galhardia, sem a qual restarão apenas ruínas resultantes do ódio e da ojeriza comuns às práticas autoritárias.

Humberto Challoub é jornalista, diretor de redação do jornal Boqnews e do Grupo Enfoque de Comunicação

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