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Opiniões

10 DE JANEIRO DE 2013

Quem dá ou quem toma?

Por: admin

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Mulheres de todas as idades já têm a noção exata de seus direitos, deveres e valor, fruto da guerra dos sexos de meados do século passado, cruel, às vezes duvidosa, mas necessária.Em todos os sentidos, somos donas de nossa vida, desejos e corpo. Será isso mesmo?
Infelizmente, na intimidade da vida sexual, ainda não tenho certeza, pois vejo, assisto e escuto muitas jovens mulheres que ao invés de darem espaço para seu desejo ainda têm um olhar estranho ao próprio corpo.
A maioria das dúvidas femininas a respeito de sexualidade são sobre a questão do prazer sexual: tenho ou não tenho prazer ou desejo; é assim ou assado; como fazer ou não fazer? Confesso que o assunto acaba ficando enfadonho, pois se restringe apenas ao corpo sexual quando é sabido que o desejo sexual vai muito além de um ponto G manipulado e estimulado, pois vem e deve vir acompanhado de uma sensação de bem estar, leveza e sensibilidade, além da crença absoluta de poder sobre seu próprio corpo que ainda falta à grande maioria das mulheres.
O  problema é que as mulheres ainda não reconhecem ou o consideram falso ou pequeno seu desejo, pois usam como referência o desejo e gozo masculino esse sim, localizado, e significativamente aparente.
Essa confusão ocorre não porque para as mulheres o sexo é mais complexo e o prazer mais difuso, mas infelizmente ainda devemos comentar sobre aquela velha história que o discurso da educação sexual feminina, quando ele existe, não privilegia a percepção de um corpo desejoso; pelo contrário ainda valoriza a mulher passiva, que deve esperar a manifestação do desejo masculino para dar vazão a sua expectativa de prazer.
Urge que o discurso feminino sobre seu próprio desejo seja mais claro e evidencie na relação afetiva sexual as necessidades, os pontos e porque não, as fantasias, para que cada vez mais a mulher se aproprie de si mesma na esfera sexual, pois em outras áreas essa conquista já está efetivada. 
Ao contrário do que possa parecer esse é o caminho para que homens e mulheres passem a ter um diálogo sexual pleno de desejo e prazer, pois a intimidade será mais explícita e intimidade vai muito além do que ficar nu na frente do outro, mas sim desnudar alma e desejos.

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