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28 DE MAIO DE 2019

Reflexos imprevisíveis I

Por: Da Redação

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Com aval de membros do PSL e grupos de apoio ao presidente Jair Bolsonaro, especialmente seus filhos e mentores, e no embalo das redes sociais, manifestações estão marcadas para este domingo (26) em 22 cidades – sendo três não capitais, como Campinas, Vila Velha (ES) e Santos, onde a concentração está marcada para às 15 horas, na Praça Independência, no Gonzaga.

Reflexos imprevisíveis II

A despeito de uma pauta difusa e confusa (Coaf com o ministro Sérgio Moro, pacote anticrime, reforma da Previdência, etc) não se pode negar que os extremistas pedirão o fechamento do Congresso e do próprio Supremo Tribunal Federal. Assim, sabiamente, o presidente, que havia manifestado interesse em participar do ato no início da semana, recuou e mudou o tom, inclusive proibindo que ministros participem das manifestações.

 

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Reflexos imprevisíveis III

Afinal, se constatada sua participação em tais atos, haveria o risco dele afrontar à Constituição e sofrer até um processo de impeachment no futuro, como prevê a Constituição.

Tô fora I

A mudança de rumo ocorre, pois até o início da semana tudo caminhava neste sentido, a ponto da deputada estadual Janaína Paschoal (PSL), advogada e professora da USP, usar o twitter para alertar sobre os riscos, a ponto de ter saído do grupo de whatsapp de lideranças do partido.

 

 

 

Tô fora II

Certamente, ficou horrorizada com as bobagens relatadas. Como prêmio, foi massacrada até pelos seus eleitores e chamada de comunista, assim como outros eleitos com uma linha ideológica alinhada ao atual presidente, como os integrantes do MBL e Vem Pra Rua.

Consequências I

Desta forma, se as manifestações forem um sucesso, só irão acirrar os ânimos entre o Executivo, o Legislativo e o Judiciário – o que não interessa. Afinal, o que o País precisa é paz e serenidade.

Consequências II

Mas, se as manifestações forem inferiores às registradas no último dia 15, que levaram milhares às ruas contra o contingenciamento de verbas na Educação, ficará claro que o namoro da população com o governo acabou. E, enfraquecido, o Executivo será alvo fácil à oposição (diga-se, o Centrão), o que pode dificultar a votação da reforma da Previdência, prioridade econômica atual.

 

 

Dinheiro em caixa

Na sexta (31), acontece audiência pública na Câmara sobre o relatório de gestão fiscal do primeiro quadrimestre. Os números a serem apresentados são animadores, levando em consideração o primeiro trimestre. Na comparação entre os últimos períodos (março 18/19 a março 17/18), houve elevação na arrecadação de 17,7%, acima dos 4,57% da inflação. Em números, foram R$ 104 milhões adicionais.

Em ebulição

A temperatura subiu na sessão de quinta (23) na Câmara. A proibição da entrada dos vereadores Sadao Nakai (PSDB) e Fabrício Cardoso (PSB) pelo secretário de Desenvolvimento Urbano, Júlio Eduardo dos Santos, na reunião do Comaiv, que analisaria 17 processos de novos empreendimentos na Cidade em uma única sessão, culminou na votação de sua convocação à Câmara na segunda (27).

 

 

Blitz

Por pouco isso não ocorre, pois tão logo a vereadora Telma de Souza (PT) falou sobre a convocação, o líder do governo, Adilson Jr (PTB) pediu contagem dos edis – para esvaziar a sessão – e disse que não existiam assinaturas necessárias, fato depois revertido. Será um importante teste para saber se a maioria dos vereadores aceita ou não a submissão às ações do Executivo.

 

Quem Responde?

Quais…
os próximos passos do governo após as manifestações de domingo (25)?

 

Frase

“Saber exatamente qual a parte do futuro que pode ser introduzida no presente é o segredo de um bom governo.”

Victor Hugo, escritor francês

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