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Opiniões

12 DE JULHO DE 2014

Risco de média menor

Por: Fernando De Maria

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Terminada a Copa – pelo menos para boa parte dos brasileiros – as atenções e o noticiário se voltam para as eleições. Afinal, faltam menos de três meses para a escolha dos futuros governantes que nos representarão nos próximos anos. Certamente, a derrota acachapante da seleção vai se refletir nas eleições gerais de outubro. Resta saber qual o impacto junto ao eleitorado.

Certamente retornarão as discussões sobre o preço do legado da Copa e outras questões que estavam represadas em razão do avanço da seleção durante a competição. Na realidade, com apoio principalmente da mídia televisiva platinada e suas ramificações, jogou-se para debaixo do tapete os problemas reais que o País sofre acobertado por um ufanismo irritante, com endeusamento de homens em busca de um lugar no Olimpo caracterizado pelo sonho de um hexacampeonato construído sobre uma base frágil como uma gelatina sem sabor.

De acordo com o jornalista Lauro Jardim, a TV Globo aumentou em 17% o seu faturamento neste semestre em relação ao mesmo período do ano passado. O índice é maior que o próprio crescimento do mercado televisivo, de 15%. Ou seja, a Copa foi um ótimo negócio para a emissora carioca.

Voltando ao tema eleições, deve-se destacar o atual panorama eleitoral especialmente entre candidatos a deputados federal e estadual. Serão cerca de 80 com base na Baixada Santista para disputar as 70 vagas paulistas à Câmara Federal e as 94 à Assembleia Legislativa.

A região tem 4% do eleitorado paulista. Portanto, em termos proporcionais, a Baixada deveria eleger três representantes à Câmara e quatro à Assembleia. Em alguns momentos da história recente, a região obteve até índices maiores. Hoje, são quatro federais (Marcio França – PSB, Beto Mansur – PRB, Maria Lúcia Prandi – PT, que era suplente e chegou ao mandato em abril passado, e Protógenes Queiroz – PCdoB, que, no entanto, não tem base eleitoral representativa local).

Nosso peso é pior na Assembleia. Hoje, apenas dois parlamentares atuam pela região: Luciano Batista – PTB e Telma de Souza – PT. Havia Bruno Covas – PSDB, que cumpriu a maior parte do seu mandato como secretário estadual de Meio Ambiente e transferiu seu domicílio eleitoral para a Capital. Complementa o time dos eleitos em 2010 o atual prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB).

No entanto, diante do cenário regional dos nomes que se apresentam na disputa nas eleições de outubro, percebe-se que será difícil manter esta proporcionalidade. Dois eleitos à Câmara Federal em 2010, os ex-prefeitos de São Vicente, Marcio França, e de Praia Grande, Alberto Mourão, não estarão no páreo. Desta vez, serão três os ex-prefeitos que estarão na disputa, função que ajuda em uma eleição: Beto Mansur e João Paulo Tavares Papa para federais e Telma de Souza, estadual.

Outros nomes, é claro, poderão surpreender, mas não será fácil manter a tendência. Não é à toa que já se percebe um movimento crescente de candidatos ‘gafanhotos’ em busca de votos por aqui.

E aí que entra a necessidade da conscientização dos eleitores para votar em candidatos da região. Só assim será mais fácil cobrá-los por ações em benefício da Baixada Santista.

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