
De um lado da pista, casas com piscina. Do outro, a Serra do Mar. No meio, a estrada. Foto: Felipe Augusto prefeito/Divulgação SSebastião
Assim, as chuvas históricas no Brasil que atingiram cidades da Baixada Santista e, em especial, as do Litoral Norte, com a morte de dezenas de pessoas, desaparecimento de montante semelhante e centenas de desabrigados retratam os erros do passado onde a segregação social se faz presente, especialmente nas cidades do litoral.
Segregação espacial II
Afinal, é comum dividir municípios cortados pelas estradas como aqueles onde moram ou têm casa do lado da praia (com poder aquisitivo) e os que vivem ‘do outro lado da pista’, na maioria das vezes prestando serviços à turma ‘da orla’.

“Precisamos tirar o risco da pessoa e não a pessoa do risco”, enfatiza a geóloga Cassandra Maroni. Foto: Jornal Enfoque
Caminho sem volta
Dessa forma, a ex-vereadora e geóloga Cassandra Maroni enfatiza que as mudanças climáticas só irão se acentuar diante dos impactos já presentes na natureza.
Por sua vez, chuvas intensas em determinadas regiões e secas em outras, como no Rio Grande do Sul, serão cada vez mais comuns.
“Há mais de duas décadas falo sobre isso. Estes eventos não são desastres naturais, são desastres oficialmente produzidos. A chuva é natural, mas as consequências são bem diferentes”, enfatizou.
Enfrentar o problema
Assim, o cerne é investir em ações e engenharia, como drenagem e abertura de acessos para melhorar a segurança, além da atualização das cartas geotécnicas.
“Há a necessidade de tirar o risco da pessoa e não a pessoa do risco”, acrescentou durante participação no Jornal Enfoque de sexta (24).
Assim, ela participou ao lado do presidente da APT – Associação dos Profissionais de Turismo, Eduardo Silveira.
A entidade completou 25 anos de atuação na semana passada.
Silveira também se mostrou preocupado com a questão social das pessoas que trabalham no setor no Litoral Norte.
“O que vai ser feito para esta população desta região?”, indaga.
Confira o programa completo
De malas prontas
Aliás, Cassandra apenas aguarda a nomeação no Diário Oficial para voltar ao SPU – Secretaria de Patrimônio da União, em Brasília, estando à frente da diretoria de destinação dos imóveis do órgão.
Ela aceitou o convite da ministra da Gestão, Esther Dweck.
Sonho e realidade
Com quase 15 anos, o Plano Nacional de Mudanças Climáticas, implantado no segundo mandato do governo Lula, tinha metas ambiciosas, mas seus resultados estão distante da atual realidade.
Ou seja, como a redução em 80% do desmatamento da Amazônia até 2020.
Dessa maneira, a devastação só cresceu, especialmente no Governo Bolsonaro, assim como no cerrado brasileiro.
Não é bem assim
Comemorado com pompa pela diretoria da SPA (ex-Codesp) pelo superávit obtido pela empresa com lucro líquido de R$ 547,3 milhões no ano passado, alta de 66,3% sobre 2021, o balanço esconde a realidade numérica.
Investimentos pífios
Conforme levantamento do Data Center Brasil, do total de R$ 999,7 milhões de investimentos previstos nos orçamentos da SPA, entre 2019 e 2022 (governo Bolsonaro), foram executados apenas R$ 49,2 milhões, com um índice de execução de apenas 4,93%.
Ou seja, o superávit comemorado só ocorreu pela simples falta de investimentos, como em obras nas esburacadas avenidas perimetrais de Santos e Guarujá.

Amaral: se aprovado projeto pode trazer graves consequências aos gestores públicos. Foto: Carla Nascimento
À disposição
Especialista em finanças públicas e ex-secretário de Finanças de Santos e São Vicente, o jornalista Rodolfo Amaral elaborou um amplo levantamento sobre o projeto de lei que altera o rateio dos pagamentos de verbas de sucumbências aos 26 procuradores santistas.
Além disso, ele alerta: se aprovado, isso poderá ser uma bomba a estourar no futuro.
Assim, ele se coloca à disposição dos vereadores para explicar os riscos.
Por sua vez, a proposta aguarda a segunda votação na Câmara.
Dessa forma, Amaral participou do Jornal Enfoque desta quinta (23).
Confira o programa completo
Atritos
Aliás, o polêmico projeto tem provocado atritos entre servidores da Secretaria de Finanças e da Procuradoria Geral.
Portanto, no caso do IPTU e taxas que entram na dívida ativa, o trabalho é feito pelo primeiro grupo, mas quem se beneficia é o segundo.
Quem responde?
Será..
que as promessas governamentais para evitar novas tragédias como as do final de semana vão ser cumpridas?
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