
Área de 601 mil metros quadrados pode alterar os rumos do Porto de Santos.
Diante das discussões simultâneas da desestatização do porto de Santos e o leilão de uma área de 601 mil metros quadrados no Saboó para implantação de um terminal de contêineres, o chamado STS-10, a Abtra – Associação Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegados questiona a pressa em repassá-los à iniciativa privada ainda neste ano.
Prazos
Ex-presidente da Codesp (atual SPA), o diretor-executivo da entidade, Angelino Caputo, mostra que, ao contrário dos dados apresentados pelo governo, ainda levará tempo para que a movimentação de contêineres no Porto de Santos chegue ao limite.
A Secretaria de Portos calcula que se nada for feito, o estrangulamento no setor ocorrerá até 2026.
No entanto, a projeção do BNDES é outra: 2030.

Terminal STS: prazo ampliado para discussão sobre seu futuro
Por que a pressa?
Por isso, ele defende que a proposta não ocorra agora, ainda mais em ano eleitoral, sob o risco da venda do STS-10 tiver como vencedor determinados grupos que poderão ampliar a concentração de movimentação de cargas no cais santista.
A preocupação especial é com a possibilidade do grupo BTP, formado pelos armadores MSC e Maersk, ou coligadas, assumirem também a área, vizinha ao seu território.
Isso concentraria mais da metade de toda a movimentação de cargas em contêineres no cais santista a partir de 2028.
Tempestade perfeita
Não bastasse, reconhece Caputo, há o risco, com o processo de desestatização, que se alguma empresa ligada direta ou indiretamente a armadores (donos de navios) vencer a licitação para administrar o futuro do Porto de Santos, isso poderá gerar pressão pelo aumento das tarifas aos demais players.
Sai daqui I
Um atento observador do meio portuário liga os pontos e entende o porquê da enorme pressão na construção de um túnel entre Santos e Guarujá ao invés da ponte, a ser arcada pela iniciativa privada.
Sai daqui II
Afinal, conforme o projeto, a localização da ponte atrapalharia a movimentação dos navios justamente na área a ser licitada e vizinhança. Por isso, quanto mais longe a realização da obra, melhor.
Ainda mais que o futuro concessionário terá a obrigação de fazer o túnel – e cobrará pedágio, é claro.
Vai e vem…
A despeito de receber sete intimações da Prefeitura de Santos por não ter pago taxas de licenças para obras, uma empresa teve seu contrato de locação renovado referente a um imóvel à Rua XV de Novembro, 183, no Centro Histórico, pelo valor mensal de R$ 13.109,86 ao longo de cinco anos.
Assim, três meses serão suficientes para pagar a dívida com a Prefeitura.
Bom negócio, hein?
Na bronca
Sem o reajuste de 10,06% nos holleriths, secretários municipais fazem as contas das perdas atuais e futuras.
Afinal, seus pares no Legislativo foram beneficiados com o repasse.
A diferença supera R$ 2 mil.
E tende a subir, pois um eventual reajuste apenas valeria em 2025.
O mesmo vale para prefeito e vereadores.

Guarujá: riqueza e pobreza praticamente na mesma proporção na Ilha de Santo Amaro. Foto: Divulgação PMG
Rio paulista
A recente onda de crimes que ocorre em Guarujá não surpreende quem conhece a cidade.
Afinal, a riqueza e a miséria dividem a mesma ilha.
Ao longo de décadas e maus governantes, a cidade viu sua periferia crescer, assim como o avanço da atuação das facções criminosas.
Quem sofre é o povo.
Como sempre.
Quais…
propostas os candidatos à presidência e ao Governo do Estado têm em relação à Baixada Santista?
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