O trabalho é um dom de Deus. É bênção para todos nós que temos a graça de produzir, servir e compartilhar com os semelhantes.
Neste Dia do Trabalho, convido você a olhar para trás, para as profissões mais antigas da humanidade.
Costuma-se dizer que a prostituição é a profissão mais antiga do mundo. Mas estudos recentes apontam outra direção: a de que a primeira atividade do ser humano foi cozinhar. Faz sentido — sempre existiu alguém com olhar mais sensível para transformar caça e vegetais em alimento.
Se ativarmos a memória e voltarmos às aulas de história, veremos que os ofícios sempre caminharam lado a lado com a evolução humana.
Ferreiros forjavam machados, instrumentos de caça e cultivo. Agricultores, pescadores e caçadores garantiam a sobrevivência dos grupos. Artistas deixaram sua marca desde as pinturas rupestres até grandes obras que atravessam séculos. E os sábios e anciãos — nossos primeiros contadores de histórias — nos ensinaram por meio da oralidade e ajudaram a preservar o conhecimento.
Com o tempo, os ofícios se multiplicaram: comerciantes, soldados, marinheiros, professores, cuidadores… Profissões cada vez mais complexas, mas com o mesmo propósito: servir, evoluir e transformar o mundo.
A relação moderna com o trabalho começou a mudar com a Revolução Industrial, no século XIX, na Inglaterra. Surgiram as primeiras leis trabalhistas, buscando proteger o trabalhador em meio à exploração.
O Dia do Trabalho, celebrado em muitos países, tem origem em um episódio marcante: a tragédia de Haymarket, em 1886, em Chicago, onde trabalhadores foram mortos por lutarem por uma jornada justa de oito horas e condições mais humanas.
Ainda estamos longe da plena igualdade e da dignidade total no trabalho — mas muito já foi conquistado. E é por isso que o 1º de Maio precisa ser lembrado e celebrado.
O futuro do trabalho
Vivemos hoje uma nova revolução: a era da inteligência artificial.
Ela já transforma o mundo do trabalho e, em breve, muitas funções repetitivas serão realizadas por robôs. Isso não deve ser motivo de medo, mas de reflexão.
A nós, seres humanos, caberá o que temos de mais valioso: pensar, criar, planejar, cuidar.
Será um tempo de mais abundância, desde que saibamos usar nossa inteligência com sabedoria e respeito à natureza.
Homens e máquinas devem caminhar juntos — não para destruir, mas para construir um mundo mais justo, sustentável e evoluído.
Helena Fraga é escritora, empresária e escreve desde os 13 anos de idade
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