Turismo Acessível I
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem no país cerca de 45 milhões de brasileiros portadores de alguma deficiência, o que equivale a ¼ do total da população. Diante deste quadro, o setor turístico cada vez mais se preocupa em investir nesta parcela de pessoas, para que a diversidade seja tratada como regra e não como exceção.
Para tanto, o Ministério do Turismo pretende promover em caráter de igualdade social a acessibilidade deste grupo. Quatorze projetos já estão sendo financiados e para a Copa de 2014, os investimentos serão da ordem de R$ 109 milhões para reformas e adaptações.
O governo trabalha para que a maioria das barreiras físicas e sociais sejam eliminadas. Algumas cidades brasileiras, como Maceió, estão à frente neste quesito, e já contam com hotéis adaptados, com quartos e banheiros construídos para pessoas com mobilidade reduzida, restaurantes com cardápios em braile e transporte para cadeirantes.
O município de Socorro, no interior paulista, possui, inclusive, uma estância hidromineral, adaptada para cadeirantes. No Rio de Janeiro, existem elevadores-plataforma, que garantem acesso às bilheterias e à área de embarque no Pão de Açúcar. Em São Paulo, os museus encontram-se preparados para receber este perfil de visitantes, como o MASP, a Pinacoteca do Estado, e os museus do Futebol e da Língua Portuguesa, com catálogos em braile e audioguias.
No final do mês passado, o Palácio das Convenções do Anhembi, recebeu o Selo de Acessibilidade, concedido pela Comissão Permanente de Acessibilidade. A certificação é concedida a qualquer edificação que garanta condições de acessibilidade.
A reforma, que estava sendo realizada desde 2003, inclui plataformas elevatórias, que dão acesso a todos os setores da casa, rampas, piso tátil, corrimãos e banheiros adaptados, além de sinalizações visual e em braile, assentos voltados para pessoas com mobilidade reduzida e espaço reservado para pessoas com cadeiras de rodas e acompanhantes.
Turismo Acessível II
No Turismo de Aventura, a acessibilidade está cada vez mais presente para que ninguém fique de fora. Na Chapada dos Guimarães, no Mato Grosso, foram elaboradas trilhas para deficientes visuais, com cordões e sinalização tátil no Espaço Turístico Chapada Aventura. Em Brotas, no interior de São Paulo, os visitantes podem participar das modalidades rafting, arvorismo e tirolesa, assistidos por monitores treinados para conduzir os turistas.
O MTur produziu um Manual de Recepção e Acessibilidade de Pessoas com Deficiência a Empreendimentos e Equipamentos Turísticos, publicado pela Embratur em 2001, em www.acessibilidade.org.br/manual_acessibilidade.pdf
Também no mês passado, a Agência Nacional de Aviação Civil aprovou a resolução 280, de 11 de julho de 2013, relativa à acessibilidade destinada ao transporte aéreo de pessoas com necessidade de assistência especial. Dentre as mudanças, a principal diz respeito ao limite deste perfil de passageiros, como os cadeirantes, por exemplo, que atualmente não pode ultrapassar a metade do número de tripulantes, em cada voo. Resolução deve valer em dezembro.
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