Uma picada que salva | Boqnews
Foto: OMS/ONU

Opiniões

03 DE DEZEMBRO DE 2019

Uma picada que salva

Por: Da Redação

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Quando era criança confesso que tinha medo quando minha mãe me levava, junto com minhas irmãs, para tomar vacina.

Também me apavorava quando tinham os mutirões de vacinação na escola e espetavam nossos braços com aquelas pistolas gigantes (quem tem mais de 40 anos lembra disso).

Os tempos mudaram e, em tempos de rede social cada vez mais difundida entre a população, não são poucos os compartilhamentos de fake news (falsas notícias) sobre a ineficácia de tomar vacina contra diversas doenças.

Junte-se a isso, a ineficácia nas políticas públicas de abastecimento de vacinas e pais que ainda se recusam a vacinar seus filhos para que a ameaça de surtos diversos se intensifique.

Houve história na rede social até de que o governo federal fracionou a vacina da febre amarela com o intuito de se livrar do estoque de vacinas vencidas. Uma bobagem absurda que afasta muita gente de ficar imunizada, causa vários surtos e vitima muita gente em todo o país.

Surtos

Segundo especialistas, desde 2013, a cobertura de vacinação para doenças como caxumba, sarampo e rubéola vem caindo ano a ano em todo o país e ameaça criar, a qualquer tempo, bolsões de pessoas suscetíveis a doenças antigas, mas fatais.

Desde 2015, o país registra o desabastecimento de diversas vacinas. A partir desse período, houve, por exemplo, acesso limitado à vacina pentavalente acelular, que protege contra difteria, tétano, coqueluche e meningite.

De acordo com epidemiologistas, quando há queda nas taxas de imunização você vai criando um grupo de pessoas suscetíveis. Esse grupo vai crescendo ao longo do tempo, até chegar ao ponto em que a importação de um único caso gera uma epidemia

Imunização

Jovens de 20 a 29 anos poderão se vacinar contra o sarampo (altamente contagioso) a partir desta semana em centros de saúde de todo o país.

Esta é a segunda etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra a doença que já teve neste ano 10.429 casos, de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde. São Paulo representa 90,5% de todas as infecções.

Quem ainda não tomou as duas doses da vacina na infância e na adolescência deve se imunizar. Ou, se não tem certeza se já tomou as duas doses, deve tomar uma dose extra.

Para as autoridades, pessoas de todas as faixas etárias precisam ter as duas doses da vacina, mas o foco das campanhas atuais são os jovens de 15 a 29 anos porque são o grupo populacional com maior probabilidade de não terem recebido uma das duas doses. Procure em sua cidade a lista de postos de saúde.

Fato é que, na minha infância, mesmo com medo da agulha, hoje agradeço a minha mãe por ter sido tão zelosa. Faça o mesmo, VACINE-SE!

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