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Opiniões

19 DE AGOSTO DE 2011

Vamos namorar mais?

Por: admin

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Essa semana numa reunião com amigas advogadas fiquei pasma e acho que me senti até um pouco ingênua e boba quando soube que no fim de alguns namoros é possível e acontece de alguns entrarem com ações judiciais pelos mais diversos motivos contra o outro como se casados tivessem sido.


Nessa época do politicamente correto, e eu creio que deva ser assim, surgem muitas possibilidades de defesa dos direitos, tudo é possível, e o respeito entre as pessoas cada vez mais enfatizados.


Minha estupefação vem por que tenho me debatido muito, seja em palestras , seja no consultório atendendo a casais, da necessidade de se resgatar o namoro, aquele namoro em que se usava o tempo para conhecer o outro e fazer ajustes na relação, avaliar o caráter, reconhecer as qualidades e os defeitos de um e de outro, para que após esse reconhecimento do outro, afetos intensificados se optasse pelo casamento ou não.


É lugar comum falar-se que os casamentos de hoje estão fluídos, rápidos, desinteressantes e eu ressalto que isso é verdade é que no segundo ano de casamento a rotina se instala grande engano, pois  na verdade  ela já se instalou no namoro .


Não serei infantil e negar que o namoro de hoje mudou muito, tem características que historicamente só existiam por trás dos véus, isso é vida sexual franca e prazerosa, intimidade entre os corpos o desnudamento de desejos e a sua expressão, mas isso não impede que cada um dos namorados tenha durante o namoro seu espaço bem mais individualizado do que teriam caso estivessem casados.


Sempre comento em tom de brincadeira, mas falando sério que o namoro acaba quando o casal resolve fazer uma poupança juntos pensando no futuro do casal, já se pula uma etapa de leveza, brincadeira e de descobertas que o namoro exige.


Tem uma máxima que diz que nenhuma onda do mar pula sobre a outra para chegar antes na areia, queimar etapas é sempre criticável, e no namoro mais ainda, pois se perde muitas possibilidades de cor e alegria. Namoro não é vestibular, mas antes disso é piquenique, será que ainda existe isso, ou tudo é uma questão de eficiência e responsabilidade.


A responsabilidade do namoro não é com o outro, mas sim consigo mesmo e nessa responsabilização prematura dos namoros, entram famílias, pais, e quando por acaso o namoro acaba, e isso pode acontecer senão não seria um namoro, existe uma hecatombe em desvencilhar-se, pois o novelo já está muito enrolado.


Paixão, aquilo que acontece entre pessoas que nãos e conhecem, e o bom momento para validar o apaixonamento, transformando-o ou vendo-o se transformar em amor é o namoro. Não vamos perder isso também.

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