A eleição de João Doria para o Governo de São Paulo renovou as expectativas – e esperança – das autoridades e população da Baixada Santista em receber a devida e merecida atenção para as cidades que integram a região metropolitana.
Apesar de pertencer ao partido que durante mais de duas décadas governa o Estado, o PSDB, o governador eleito tem dado sucessivas demonstrações de que pretende impor estilo diferenciado à sua administração, projetando investimentos estratégicos que, caso venham a ser efetivamente viabilizados, irão ajudar para o desenvolvimento econômico regional.
Às referências feitas por Doria à necessidade de melhoria dos sistemas de transporte de cargas e passageiros, com a integração entre o interior, Capital e litoral – por meio de ferrovias e hidrovias; o incentivo para o incremento das atividades turísticas, a partir de incentivos à qualificação da mão de obra e melhoria dos índices de segurança; e a busca de investidores interessados em projetos de parcerias público-privadas dão mostra de que o futuro governo paulista pretende arrojar com novas ideias e conceitos liberalizantes.
Durante muito tempo a Baixada Santista foi preterida em relação à Capital e às cidades do interior na definição das prioridades dos investimentos estaduais.
Não só por abrigar o maior complexo portuário da América Latina e um dos mais importantes pólos industriais do País, a região é destino de lazer para milhares de visitantes – a maioria paulistas -, obrigando os municípios locais a arcar com a manutenção e custeio de uma infraestrutura capaz de atender elevadas demandas sazonais.
Nesse sentido, é recomendável ao governador eleito manter aberto o diálogo com os prefeitos e representantes políticos da região na definição dos projetos prioritários de real interesse público, sem condicionar preferências partidárias, em uma demonstração inequívoca de amadurecimento na prática das relações democráticas e republicanas.
A liderança e capacidade empreendedora demonstrada até aqui por Doria pode ajudar na busca de ações conjuntas visando alcançar objetivos comuns voltados ao equacionamento dos problemas que há muito aguardavam por soluções concretas.
Aos municípios, por sua vez, cabe cobrar as contrapartidas que são devidas pelo Estado e, ao mesmo tempo, colaborar – com envolvimento e seriedade – na execução dos projetos propostos, inaugurando assim uma nova etapa no trabalho de recuperação de uma região que em muito contribui para o fortalecimento de São Paulo.