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Opiniões

03 DE MAIO DE 2018

Vez à retórica realista

Por: Humberto Challoub

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Mesmo que no aguardo da realização das convenções partidárias, que efetivarão formalmente, a partir de 5 de agosto próximo, os nomes que irão participar do próximo pleito eleitoral marcado para outubro, os diversos nomes colocados publicamente como pré-candidatos até o momento deram início aos processos sucessórios da Presidência da República, governos estaduais e renovação de integrantes da Câmara Federal, Senado e assembleias legislativas.

Até agora, apesar do esforço em caracterizar posições antagônicas e divergências ideológicas, as pré-candidaturas demonstraram similaridades de conceitos e proposituras, notadamente quando enfatizam a obviedade que tem caracterizado os discursos políticos: combater à corrupção, reduzir a pobreza, implementar projetos de infraestrutura e de geração de empregos, enfatizar a educação e assegurar o crescimento econômico com proteção ambiental.

Desta feita, outras questões fundamentais para o futuro da Nação, como as reformas política, tributária e da Previdência Social, deverão ser destacadas, mesmo que impliquem em decisões e comprometimentos que, com certeza, não contam com a simpatia dos segmentos atingidos.

Nesse sentido, é de se esperar que mais do simples cartas de intenções, as candidaturas apresentam planos de ações estruturados e balizados em garantias de viabilidade, de forma a conjugar os reais anseios da população com a efetiva capacidade de o País arcar com os investimentos para a realização dos projetos.

O atual estágio do processo democrático, a partir das experiências eleitorais realizadas até aqui, impõe aos partidos – e aos respectivos candidatos – maior empenho na tradução das ideias a serem apresentadas durante o período eleitoral.

Apesar de ainda encontrar eco em algumas faixas do eleitorado, especialmente as pertencentes às camadas menos favorecidas, o discurso populista aos poucos tem dado lugar ao entendimento de que os avanços e a prosperidade almejados para o País não serão alcançados por milagres ou planos mirabolantes, pois servem somente para sustentar retóricas fáceis e superficiais de oportunistas.

Igualmente importante que o processo de debate político ora estabelecido se dê em um ambiente de proposituras, sem a utilização de estratégias que utilizam o denuncismo criado por notícias falsas, acusações levianas e degeneração da imagem do opositor, que em nada contribuem para a solução dos principais problemas que afetam o povo brasileiro.

A história e o perfil de muitos candidatos que estarão na disputa já são bem conhecidos. Agora chegou a hora de saber de que forma e com quem eles pretendem colocar em prática o que vão prometer.

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