Com 50,58% dos votos válidos, o prefeito eleito de Santos, Rogério Santos, é o terceiro governante municipal a se eleger no primeiro turno. Foi assim com João Paulo Papa, em 2008, e Paulo Alexandre Barbosa (2012 e 2016), revelando a tendência do eleitorado santista em não postergar sua escolha. A última vez que houve segundo turno foi em 2004, entre João Paulo Papa (MDB) e Telma de Souza (PT)
Varou a madrugada
Rogério achava que a disputa seria encerrada apenas no dia 29, diante do elevado número de candidatos na disputa. Somente por volta das 2 horas da segunda (16) – em razão da demora na divulgação dos dados pelo TSE – é que ele pode comemorar a vitória. E já às 8 horas, participou do encontro com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, que visitava a região.
118ª decidiu
O futuro prefeito foi eleito com 101.268 votos. Ou seja, ele obteve 1.161 sufrágios a mais que os necessários para vencer no primeiro turno. Sua vitória deve-se, em especial, aos eleitores da 118ª Zona Eleitoral (Zona Noroeste, Morros, Centro, Paquetá, Encruzilhada), onde ele obteve 62,59% dos votos válidos, bem acima dos demais candidatos. Nas outras zonas, Santos obteve 44,83% na 272ª e 44,63% na 273ª.
Ausência de eleitores I
O impacto das abstenções nas eleições foi impressionante. Eles representaram 1/3 do eleitorado, que somados aos brancos e nulos ultrapassaram os votos válidos.
Ausência de eleitores II
Apenas para efeito de comparação, em 2004, quando o então prefeito João Paulo Tavares Papa foi eleito no segundo turno com 50,37% dos votos válidos, ele conquistou 121.002 sufrágios. Ou seja, um percentual menor, mas com um maior volume de votos. Com razão, a pandemia assustou o eleitorado.
Tecnológico
Quem quiser saber quem serão os futuros secretários municipais deverá acompanhar as redes sociais do prefeito eleito, que promete divulgar os nomes pelo seu Instagram e Facebook, como ocorreu com a secretária de Educação, Cristina Barletta, mantida no cargo.
Estrela vermelha
Ainda que esteja longe dos áureos tempos do partido nos anos 90 e início dos anos 2000, o PT manteve as duas cadeiras na Câmara e obteve um honroso terceiro lugar ao Executivo, mostrando que o partido mantém um eleitorado fiel na Cidade. O advogado e jornalista Douglas Martins (7,1% dos votos válidos), com 14.221 votos, representa uma nova liderança.
Olhar feminino
Com renovação baixa, como previsto, deve-se louvar o aumento da participação feminina no Legislativo, que contará com Telma de Souza (PT) e Audrey Kleys (PP), reeleitas, e a advogada Débora Camilo, a primeira representante do PSOL nos legislativos local e regional.
Jogo de xadrez I
Vereadores – especialmente os suplentes – aguardam ansiosos a dança das cadeiras na Câmara, com eventual chamada de alguns dos eleitos para ocupar cargos na Administração. Enquanto isso, outros já admitem que colocarão o nome à disposição para chefiar o Legislativo no próximo biênio.
Votação pífia
A despeito de ser o partido que governa a Cidade atualmente, com Paulo Alexandre Barbosa, e que seguirá em 2021, o PSDB fez apenas três vereadores – ante oito em 2016.
Tradição mantida
Como de costume, a pesquisa Enfoque/Boqnews divulgada na semana passada foi precisa nos resultados ao Executivo e Legislativo santista.
Quem Responde?
Será..
que todos os principais integrantes da atual Administração Municipal serão mantidos no futuro governo comandado por Rogério Santos?