Bernie Ecclestone vai deixar o conselho de diretores da
Fórmula 1 após quatro décadas de presença constante na administração da
principal categoria do mundo. A informação foi confirmada pela CVC, acionista
majoritária da categoria. O dirigente enfrenta acusações na Justiça alemã por
suborno. Apesar disso, Ecclestone deve seguir na categoria sob monitoramento.
Ecclestone é acusado de subornar o banqueiro alemão Gerhard
Gribkowsky durante o processo de venda da participação que o BayernLB (Bayerische Landsbank) tinha no negócio
da Fórmula 1. O suposto pagamento seria de US$ 44 milhões e a Audiência
Provincial de Munique admitiu o trâmite da acusação de suborno contra o chefe
da Fórmula 1.
De acordo com o comunicado da acionista da Fórmula 1, Ecclestone
“vai deixar o cargo de diretor, abandonar seus deveres e responsabilidades
no conselho até que o caso seja resolvido”.
Vida pessoal
O inglês tem vasta experiência no ramo de automobilismo, tendo iniciado a carreira como piloto nos anos finais da Segunda Guerra Mundial, ingressado na Fórmula 3 500cc Series. Depois, se transformou em grande empresário do mercado imobiliário e, posteriormente, tendo investido em concessionárias. Voltou ao automobilismo em 1957 empresariando o piloto Stuart Lewis-Evans na F1. No início dos anos 70, entrou no comando da categoria mais importante do mundo, ao criar a Associação dos Construtores da Fórmula 1. Em 2012, se casou com a brasileira Fabiana Flosi.