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23 DE JULHO DE 2008

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Brasil defende que subsídios agrícolas dos EUA sejam limitados a US$ 13 bilhões

Os subsídios agrícolas concedidos pelos Estados Unidos não podem passar de US$ 13 bilhões, como já consta do texto atual das negociações da Rodada Doha. Essa é a proposta apresentada pelo Brasil durante a reunião que a Organização Mundial do Comércio (OMC) realiza esta semana, em sua sede, em Genebra, com objetivo de destravar o […]

Por: Da Redação

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Os subsídios agrícolas concedidos pelos Estados Unidos não podem passar de US$ 13 bilhões, como já consta do texto atual das negociações da Rodada Doha. Essa é a proposta apresentada pelo Brasil durante a reunião que a Organização Mundial do Comércio (OMC) realiza esta semana, em sua sede, em Genebra, com objetivo de destravar o comércio global, informou hoje (22) a BBC Brasil.

“Poderíamos iniciar negociações se eles chegarem ao nível mais baixo contemplado. Dentro do politicamente viável, US$ 13 bilhões se aproxima do razoável”, afirmou o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, ao deixar a sede OMC, em Genebra, depois de um longo dia de reuniões.

Hoje, segundo a BBC Brasil, a negociadora comercial americana, Susan Schwab, melhorou sua oferta de corte da ajuda doméstica para US$ 15 bilhões – a anterior era de US$ 17 bilhões -, mas Amorim recordou que o G20 pedia um corte para US$ 12 bilhões.

Segundo o chanceler, a reunião de hoje serviu para um intercâmbio de explicações entre os diferentes negociadores. “Mostramos [aos Estados Unidos] que a proposta é o mesmo que duas vezes o que eles gastaram este ano e mais ou menos US$ 2,5 bilhões mais que a média (dos subsídios concedidos) desde 2002, incluindo 2008.” Ele comparou a oferta de Schwab a uma jogada de futebol americano: “Eles lançaram a bola, mas não suficientemente longe.”

No capítulo de bens industriais, foi o Brasil quem deu explicações sobre as limitações que enfrenta para fazer novas concessões. “A cobrança é nossa, de que as pessoas têm que entender o que a gente quer dizer”, afirmou o chanceler. E a mensagem, segundo ele, é clara: “Cláusula de anti-concentração é uma má idéia”.

Essas cláusulas, que os países mais ricos querem incluir no acordo, limitariam o nível de flexibilidade com o qual os países em desenvolvimento poderiam proteger determinados setores da indústria na hora de aplicar os cortes de tarifas.

Para Amorim, a intensidade do dia de reuniões é um bom sinal da disposição geral para se chegar a uma conclusão. “Alguns podiam ter ido embora, mas todo mundo continuou aqui negociando”.

Os sócios da OMC continuarão expondo suas dificuldades e possibilidades de avanço na jornada de amanhã (23), que promete ganhar novo fôlego com a chegada do ministro indiano de Comércio, Kamal Nath.

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