Em 10 anos do sistema de pontos corridos no Campeonato Brasileiro de Futebol, nenhum torcedor poderia imaginar tantas surpresas. A começar pela irregularidade dos times paulistas ao longo da competição – o Santos, que começou como pior time do estado, termina atualmente com a 5ª melhor campanha do segundo turno.
Essa realidade resultou em um cenário curioso: pelo menos por meio do Brasileirão, não há mais chances de um time considerado grande de São Paulo se classificar para a Libertadores, torneio mais cobiçado do continente sul-americano – a última vez aconteceu há 15 anos. As últimas duas vagas (ainda dependendo da Ponte Preta, que pode conquistar a última vaga para a Libertadores se vencer o Lanús no segundo jogo da final da Sul-Americana) são disputadas por Atlético-PR e Goiás.
Matematicamente, Botafogo e Vitória também tem possibilidades de carimbar o “passaporte” para a competição do ano que vem.
Mas enquanto o topo da tabela tem apenas a definição das últimas vagas da Libertadores, a grande “decisão”, de fato acirrada, é pela permanência na elite do futebol brasileiro. Há duas vagas para a indesejável queda para a Série B. Ponte Preta e Náutico já estão automaticamente rebaixados.
Ao longo dessa edição, quase metade dos times brasileiros lutaram para não cair, tamanho o equilíbrio entre as equipes. Ainda no poder das calculadoras, times como o Internacional, Criciúma, Coritiba, Vasco e Fluminense correm riscos.
A possibilidade de dois grandes times caírem, caso dos cariocas Vasco e Fluminense, é grande: o time cruz-maltino precisa vencer o Atlético-PR, no Paraná, que também precisa entrar com força total para garantir vaga na Libertadores. Já o tricolor carioca, campeão da última edição do Brasileiro (2012), vive fase mais delicada e precisa vencer o Bahia na Fonte Nova, e torcer por outros resultados. Apenas dois jogos ocorrem no sábado. Os demais às 17h do domingo (8).