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07 DE FEVEREIRO DE 2014

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Caso Neymar: editor de esportes Luiz Prósperi lembra que Estadão antecipou o negócio

A repercussão midiática relacionada à transferência do atacante Neymar para o Barcelona começou em 2013 para 2014. Isso porque Jordi  Cases contestou o valor real que até então o presidente do clube catalão, Sandro Rosell, declarava ter pago ao atleta. Porém, poucos jornalistas e veículos de comunicação publicaram o trâmite envolvendo o atleta ainda em […]

Por: Da Redação

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A repercussão midiática relacionada à transferência do atacante Neymar para o Barcelona começou em 2013 para 2014. Isso porque Jordi  Cases contestou o valor real que até então o presidente do clube catalão, Sandro Rosell, declarava ter pago ao atleta.

Porém, poucos jornalistas e veículos de comunicação publicaram o trâmite envolvendo o atleta ainda em 2011. Essa foi a época quando o próprio Santos FC, por meio do presidente santista (hoje licenciado) Luís Álvaro Ribeiro (Laor) autorizou – em documento assinado e tornado público apenas agora –  o pai de Neymar, empresário do atleta, a negociar o jogador com qualquer clube. 
Em entrevista ao Jornal Boqnews, o editor de esportes do O Estado de S. Paulo, Luiz Antônio Prósperi, explica como o veículo foi um dos precursores da notícia ainda numa época em que poucos se arriscariam a escrever uma linha sequer sobre qual clube Neymar seria negociado – especialmente pelo fato de Laor divulgar o famoso plano de carreira ao atleta.
“Tudo começou quando nosso repórter Luis Augusto Monaco trouxe a notícia à redação”, lembra Prósperi. “Ele tinha fontes de muitos clubes, inclusive o Santos, e principalmente na Europa, que sempre revelavam fatos verdadeiros”. 
A primeira matéria publicada foi em setembro de 2011, quando a reportagem adiantou a informação de que o Barcelona tinha pago 10 milhões de euros ao pai de Neymar, como uma espécie de sinal por prioridade de compra. Essa quantia era parte da totalidade de 40 milhões de euros, sendo que o restante era destinado ao staff do pai do atleta, proprietário da N & N Sports. Isso antes do jogador atuar na final do Mundial Interclubes, ainda como atleta do Santos (confira aqui a primeira matéria publicada pelo repórter do Estadão, na época, também divulgada no extinto Jornal da Tarde).
“Já estava acordado entre ambas as partes [Santos e Barcelona]. A negociação mesmo aconteceu em janeiro de 2012, quando vieram ao Brasil representantes do clube catalão”, explica. A ideia era não causar tumulto no ambiente dos times envolvidos. Na ocasião, a diretoria santista divulgou que o jornal tinha cometido a maior barrigada (jargão jornalístico para “notícia falsa”) da história esportiva. “Na época, a redação sofreu com as críticas. Mas faz parte do ofício”, comenta. 
Em relação às investigações do MP e da Receita Federal, Prósperi acredita que o mais importante é a questão da sonegação de impostos. “A FIFA tem um controle muito rigoroso quando se fala em transferência de atletas. Além disso, o Barcelona amarra muito bem seus contratos”. No caso Neymar, não houve nada ilegal, conforme o próprio jornalista comenta.
“O único aspecto antiético foi o pai de Neymar ter recebido antes do Mundial”, complementa. Afinal, o atleta atuou na final sabendo que encararia seu futuro time, atualmente detentor de seu passe.
Sessão extraordinária
Na próxima quarta (12), às 19h40, será realizada a reunião do Conselho Deliberativo do Santos em será pautado a questão do Conselho Fiscal sobre o Caso Neymar e o posicionamento sobre as negociações entre o Barcelona e a N&N.

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