Chefe da missão do comitê olímpico fala da expectativa de medalhas para o Brasil | Boqnews
Medalha de ouro em Barcelona, Rogério Sampaio está à frente de delegação brasileira em Paris. Foto: Carla Nascimento

Esportes

25 DE JULHO DE 2024

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Chefe da missão do comitê olímpico fala da expectativa de medalhas para o Brasil

Brasil garantiu 21 medalhas na última edição dos Jogos Olímpicos de 2020 em Tóquio

Por: Vinícius Dantas
Da Redação

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Os Jogos Olímpicos de Paris 2024 já começaram na última quarta-feira (24), com as competições de futebol masculino e rúgbi de sete.

No entanto, a cerimônia de abertura oficial ocorre na próxima sexta-feira (26), às 14h30.

Expectativa

O campeão olímpico e chefe da missão do comitê olímpico em Paris, Rogério Sampaio, contou sobre a expectativa para a conquista das medalhas. Ele participou do Jornal Enfoque de 15 de julho. “A expectativa do Comitê Olímpico do Brasil é a mesma de todos os atletas, fazer amanhã melhor do que fizemos ontem. Então a expectativa é superar os resultados de Tóquio”.

Em 2016, no Rio de Janeiro, foram 19 medalhas em 12 modalidades. Já em Tóquio, no Japão, em 2021, 21 medalhas em 13 modalidades. Vale ressaltar que ao longo de 23 edições de Jogos Olímpicos de Verão, o Brasil conquistou um total de 150 medalhas, sendo 37 de ouro, 42 de prata e 71 de bronze. Porém, nas Olimpíadas de Inverno, não conseguiu alcançar o pódio.
Esses números impactam de uma maneira que fazem o Brasil ser o melhor país sul-americano na história dos Jogos Olímpicos. Além disso, é o quarto maior ganhador das Américas, atrás de Estados Unidos, Canadá e Cuba.

Estrutura

Uma ampla estrutura estará disponível para abrigar os brasileiros, trabalho iniciado em 2019. “Nossa palavra de ordem é o planejamento”, diz o dirigente do COB.

A base fica a 500 metros da Vila Olímpica, onde toda a estrutura montada permitirá o apoio aos atletas, como o trabalho psicológico, de saúde mental, de fisioterapia, massoterapia, alimentação e até para treinos.

Ao todo, embarcaram 20 contêineres de equipamentos, 9 cavalos e 23 embarcações para os atletas. E serão entregues aos atletas 50 mil itens de uniformes olímpicos, além de 40 mil itens das áreas médica e fisioterápica.

Baixada Santista

Ao todo, a delegação brasileira contará com 670 pessoas, sendo 277 atletas, vários deles da Baixada Santista – radicados ou representantes.

Aliás, em Santos, por exemplo, 7 dos 18 atletas na natação são patrocinados pela Universidade Santa Cecília. O campeão olímpico comentou do forte desempenho da natação e dos representantes da Baixada Santista. “Na natação nós temos expectativa de conquista de medalhas, temos o Guilherme Costa que é um dos principais atletas da natação brasileira. Temos a Ana Marcela Cunha na prova de Águas Abertas que também tem expectativa de conquista de medalhas”.

Mas também existem atletas de outras modalidades, como tênis de mesa.

A Baixada Santista tem mais de 10 atletas nos Jogos Olímpicos, como de exemplo, no judô. Pela categoria de peso pesado, Beatriz Sousa também chega com condições de conquistar medalhas no judô. “Acho que a região e a cidade de Santos terão grande desempenho com seus atletas em Paris”.

Além disso, a representante de Santos, Gabi Mazetto, estará competindo pela modalidade de skate. Assim como o guarujaense Kelvin Hoefler. No tênis de mesa, há o santista Guilherme Teodoro. Competindo no judô, terá a vicentina Larissa Pimenta e Leonardo Gonçalves de Iguape. Também de São Vicente, Maria Claro Pacheco compete no taekwondô.

Judô

Até hoje, a modalidade que mais deu medalhas ao Brasil foi o judô, com 24 (quatro ouros, três pratas e 17 bronzes). Em Paris, 13 atletas representarão o País. Sampaio como medalhista olímpico de ouro nos Jogos Olímpicos de Barcelona, em 1992, comentou sobre a situação dos judocas brasileiros.

“Acho que o judô chega forte para os Jogos Olímpicos de Paris, assim como nos Jogos Olímpicos de Tóquio. É um evento difícil para o judô, porque as duas principais forças mundiais são o Japão e a França”, explica, ele próprio campeão olímpico em Barcelona em 1992.

“A pressão na França vai ser expressiva. Nós tivemos duas medalhas de bronze em Tóquio e agora acredito que chegamos com condição de ganhar um bom número de medalhas nos Jogos Olímpicos de Paris. Temos atletas experientes e mais novos, e os principais nomes que nós temos são a Mayra Aguiar, a Rafaela Silva e o Daniel Cargnin, que já foram medalhistas. E a Beatriz Souza que está na sua primeira Olimpíada. Não foi medalhista, mas chega como uma das favoritas a conquista de uma medalha”.

Basquete

Outro esporte importante é o basquete. Após ficar 8 anos sem ir às Olímpiadas, a seleção brasileira volta a participar da competição. Os brasileiras atropelaram a seleção da Letônia, anfitriã do pré-olímpico por uma diferença de 25 pontos (94 a 69).

Sampaio enfatiza que como o Brasil não se classificou nos Jogos Olímpicos de Tóquio, era extremamente importante que se classificasse nos Jogos de Paris. “Serão 12 países participando dos Jogos de Paris. O primeiro objetivo da nossa seleção é classificar para a fase seguinte, onde se classificam 8 equipes.

Dali para frente, acho que a modalidade tem condições de continuar avançando e o sonho é voltar a conquistar medalha olímpica de basquete masculino. Acho que o equilíbrio é muito grande, mas temos atletas que hoje estão nas principais ligas do mundo, tanto na Europa, alguns inclusive jogando na NBA (National Basketball Association). Acho que a nossa equipe tem essa condição”, explica Sampaio que atua no COB – Comitê Olimpíco Brasileiro.

Futebol

De acordo com o chefe da comissão, a expectativa do futebol feminino é que haja um grande desempenho. O Brasil está um grupo muito difícil. O primeiro jogo é contra a Nigéria no dia 25 de julho, em Bourdeaux. Depois enfrenta as duas últimas seleções campeãs da Copa do Mundo feminina, o Japão (campeão na Copa anterior) e a Espanha.

Porém, ele explica que o Brasil é um país que já foi medalhista olímpico, em 2004 e 2008, garantindo medalha de bronze nessas duas edições e acredita muito que possa avançar de grupo.

“Avançando dessa fase eliminatória, você entra na fase de mata-mata. É uma outra competição e acredito que o futebol feminino possa chegar novamente entre as quatro primeiras seleções. Sempre falo que quando você chega entre os quatro, vai ter um destaque maior, vai chegar mais à frente. É quem errar menos e precisamos estar nessa condição”.

Legado

Sampaio também informou sobre o legado que os Jogos deixam para o público e para o movimento olímpico como um todo. “Acho que esses Jogos Olímpicos é um divisor de águas, na organização dos Jogos, uma preocupação muito grande com a sustentabilidade, com o meio ambiente, com a igualdade de oportunidades e disputas entre homens e mulheres, um exemplo da importância da participação de todos no evento.

Vamos ter, por exemplo, a primeira prova de maratona no período da manhã, na disputa de medalhas. Mas depois no horário da tarde, as pessoas vão ter a oportunidade de fazer a prova da maratona e a gente sabe que as corridas de rua são uma febre mundial, tem uma importância muito grande na sociedade na busca por saúde. E acho que mostra também uma mudança de rumo nos projetos de organização dos Jogos Olímpicos, acho que por tudo isso, estes jogos olímpicos serão um divisor de águas em relação à organização desse evento”.

Mulheres

Outra novidade é da maior participação de mulheres na delegação brasileira (153) do que homens (124). O campeão olímpico ressalta que o Comitê criou uma área internamente, chamada mulher no esporte, com o objetivo de potencializar os resultados no esporte feminino, aumentar participação de mulheres no esporte, o número de treinadoras e de gestoras.

 

Confira a participação do chefe da missão brasileira em Paris, Rogério Sampaio no programa Jornal Enfoque de 15 de julho.

 

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