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07 DE JANEIRO DE 2011

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Esporte radical, porém com segurança

Aos praticantes, o voo traz uma sensação única de liberdade e paz. A trilha sonora que acompanha todo o percurso fica por conta da natureza. Ao seu redor, só os pássaros. A arte está em saltar da rampa e permanecer no ar, com o auxílio das forças da natureza que os transportam às alturas surpreendentes. […]

Por: Da Redação

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Aos praticantes, o voo traz uma sensação única de liberdade e paz. A trilha sonora que acompanha todo o percurso fica por conta da natureza. Ao seu redor, só os pássaros. A arte está em saltar da rampa e permanecer no ar, com o auxílio das forças da natureza que os transportam às alturas surpreendentes. Essa é a essência do voo de paraglider (parapente) e da asa-delta. Esporte que colore há mais de 30 anos o céu de São Vicente e Santos.


Porém, não é difícil ver acidentes envolvendo os praticantes deste esporte em todo o País. Em julho deste ano, por exemplo, um praticante precisou ser resgatado por helicóptero da polícia militar, após ficar  pendurado por quase uma hora em uma árvore a 600 metros de altura, em Pomerode, no Médio Vale do Itajaí.


Algo que fica mais intenso com o verão e consequentemente pela procura dos turistas por voos duplos de instrução. O que parece livre, porém, também tem suas regras que devem ser respeitadas com muito cuidado para que na prática não haja qualquer tipo de contratempo, pelo menos os que podem ser evitados.


Segundo o presidente do Clube de Voo Livre do Litoral Paulista (CVLLP), Frederico Toledo, depois de algumas mudanças nas regras do clube, já faz dois anos que não acontece qualquer tipo de acidente grave.


“Tornamos alguns pontos mais rígidos, como fiscalização da qualidade do equipamento e identificação com a carteira de piloto (CPD), de todos que utilizam a rampa – dos que voam sozinhos aos profissionais que dão aulas e também realizam voos duplos”, ressalta.


Para o praticante há 12 anos de parapente e instrutor, Reginaldo Amaral, conhecido por todos como Baratta, o voo é um esporte atrelado à natureza. “Precisamos estar sempre atento e respeitar as condições meteorológicas, que é única coisa que nos impede de voar. Intensidade e direção do vento são detalhes fundamentais”, ressalta.



Quem tem interesse em sentir a sensação de voar, que segundo Baratta pode ser definida em duas palavras – liberdade e paz -, pode procurar o CVLLP ou os próprios instrutores.  O voo de avaliação de habilidade, ou instrução, é realizado com profissionais credenciados. É desta maneira que eles definem o conhecido voo duplo, que custa R$125 (parapente) e R$225 (asa-delta). 


“Para nós, todos que vem voar, mesmo que seja apenas uma vez, já está sendo avaliado como um futuro aluno. É como se fosse a primeira aula”, ressalta o instrutor, que abandonou a carreira de engenheiro para se dedicar ao esporte e abrir a Escola Dinâmica do Ar, apenas de parapente. Uma das cinco escolas, que funcionam  na região, homologadas pelo clube.


Cursos
Para quem voa pela primeira vez e se apaixona, existe a possibilidade de fazer cursos. As aulas são teóricas e práticas. Foi assim com o instrutor de asa-delta Tuffy Elias Júnior, que começou a voar em 1978 e, logo depois,  resolveu fazer o curso para praticar plenamente o esporte. “Após um tempo, como todos os amigos queriam voar eu entrei no curso para  fazer voos duplos e desde então não parei. Na asa-delta existem menos praticantes. Costumo dizer que estamos em extinção”, ressalta.


“O tempo de duração do curso tanto de parapente como de asa-delta depende da disponibilidade do aluno. Teve um que como podia vir  todo dia e em duas semanas já estava voando. Outros podem apenas aos finais de semana e demoram um pouco mais, até porque o clima influencia”, explica Baratta. Para quem pretende ter seu próprio  equipamento, o preço para comprar um parapente usado pode variar de R$ 8 mil a $9 mil.


Asa ou parapente?
Segundo o instrutor Baratta, todos perguntam qual o mais seguro, porém “o que difere um do outro não é o tipo de equipamento e suas diferenças, mas a qualidade do piloto. Se quem está  voando no parapente é  bom nisso, então ele se torna o mais seguro. O mesmo acontece com o piloto de asa delta. Se ele domina o equipamento, o voo se torna mais seguro”. Baratta brinca que o melhor  piloto, na verdade, é aquele que passa despercebido.
Já a diferença técnica dos equipamentos, de acordo com Baratta, é o que traz peculiaridades para cada estilo. “A asa é mais ágil, tem mais velocidade, por conta de sua aerodinâmica.  Já para quem prefere um voo mais tranquilo, o voo de parapente é bem mais suave”.


Porém, por conta da tecnologia, o parapente já não fica tanto para trás e para quem gosta de emoção também é possível fazer voos com maior adrenalina. “Basta a pessoas pedir um voo mais radical e a gente faz umas manobras mais legais, sempre atento com a segurança”, ressalta.


Campeonatos
Tuffy pretende nos próximos anos parar de fazer voos duplos para se dedicar apenas à diversão do esporte e principalmente às competições. “De dois anos para cá, estou desanimado com todos estes problemas de aquecimento global e as consequentes adversidades do clima. E o voo depende exclusivamente da situação meteorológica”, ressalta. Além disso, Tuffy revela que gostar bastante das competições realizadas pelo País. “Quero me dedicar  às competições”, diz.


Serviço
A rampa de voo está localizada à Rua 5, no Morro do Itararé. Informações pelo telefone (13) 3568-8043.

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