Há 10 anos, Santos conquistava o tri da Libertadores diante do Peñarol | Boqnews
Foto: Divulgação/SFC

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22 DE JUNHO DE 2021

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Há 10 anos, Santos conquistava o tri da Libertadores diante do Peñarol

O dia 22 de junho entrou para a história do Santos FC

Por: Da Redação

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22 de junho de 2011, uma data que ficará guardada para sempre na memória do torcedor santista.

Parece que faz pouco tempo, mas na próxima terça-feira, o tri campeonato do Peixe na Copa Libertadores completa 10 anos. A geração comanda por Neymar e Paulo Henrique Ganso encantou o País no ano de 2010, com os títulos do Campeonato Paulista e da Copa do Brasil, que foi marcado pelo futebol ousado e alegre, repleto de goleadas, como 10 x 0 no Naviraiense, 9 x 1 no Ituano e 8 x 1 no Guarani. Com o bom desempenho e a qualidade técnica dos jogadores, o Santos entrou como um dos favoritos para conquistar a Copa Libertadores.

No entanto, as dificuldades surgiram logo no começo da competição. A equipe estreou com um empate sem gols contra o Dep. Táchira-VEN fora de casa e na rodada seguinte ficou no 1 x 1 diante do Cerro Porteño-PAR, na Vila Belmiro. Para piorar a situação, o Alvinegro Praiano foi derrotado pelo Colo-Colo-CHI, em Santiago, pelo placar de 3 x 2.

Sem nenhuma vitória nos três primeiros jogos, o cenário do Santos na Libertadores era dramático.

É importante frisar que Adílson Batista era o técnico no primeiro jogo, mas ele acabou sendo demitido e Marcelo Martelotte ficou no comando até que a diretoria acertou a contratação de Muricy Ramalho, que falou com os jogadores antes da partida contra o Colo-Colo na Vila Belmiro. Precisando da vitória, o Santos marcou dois gols no primeiro tempo com Elano e Danilo.

Na etapa complementar, Neymar marcou um golaço, mas foi expulso pois na comemoração colocou uma máscara.
Zé Eduardo e Elano que estava no banco também foram expulsos. Os chilenos reagiram e quase empataram o jogo, mas o placar terminou 3 x 2 para o Peixe.

Neymar marcou um golaço contra o Colo-Colo na Vila Belmiro/ Foto: Divulgação/SFC

Sem alguns dos principais jogadores, Muricy Ramalho armou um esquema especial para a partida contra o Cerro Porteño-PAR em Assunção e a tática deu certo. Em uma das melhores atuações de Ganso com a camisa do Santos, a equipe brasileira venceu por 2 x 1.

Só restava uma vitória contra o Dep.Táchira-VEN para garantir a classificação e o resultado positivo veio sem dificuldades: 3 x 1 no Pacaembu e o Peixe terminou em 2° lugar do grupo com 11 pontos e a vaga garantida para as oitavas de final.

Fase Eliminatória

Na fase seguinte, o Santos enfrentou o América, do México. Na partida de ida, o Peixe venceu por 1 x 0 com gol de Ganso e no jogo de volta foi preciso superar as adversidades.

O primeiro obstáculo foi a turbulência no voo e o segundo a altitude de Querétaro, que se aproxima de 2 mil metros. Apesar de não ser como La Paz na Bolívia, a bola ganhava muita velocidade e ainda tinha a força do vento, um cenário ideal para Reina, o jogador mexicano tinha muita qualidade para bater na bola de fora da área, só que ele não contava com uma atuação espetacular de Rafael que salvou o Santos, fazendo defesas milagrosas. O empate sem gols garantiu o Peixe na próxima fase.

Nas quartas de final, o Peixe novamente venceu a primeira partida por 1 x 0, só que dessa vez fora de casa contra o Once Caldas-COL.

No Pacaembu, a equipe comandada por Muiricy Ramalho estava confiante, já que no fim de semana havia conquistado o título do Campeonato Paulista em cima do Corinthians. Porém, os colombianos dificultaram o jogo, que teve emoção até o fim, Neymar abriu o placar para o Alvinegro e Renteria empatou para o Once Caldas-COL que tentou buscar a virada, mas parou na sólida defesa santista.

Santos e Cerro Porteño-PAR se reencontraram na semifinal e para o azar dos paraguaios, Neymar estava inspirado nos dois jogos. Na primeira partida no Pacaembu, ele fez uma bela jogada e colocou a bola na cabeça de Edu Dracena que fez o único gol da partida.

Gol de Edu Dracena fez o Pacaembu explodir de alegria/ Foto: Divulgação

No duelo de volta em Assunção, o Peixe resolveu o confronto no primeiro tempo com um 3 x 1. A equipe paraguaia até empatou na etapa complementar, mas ainda faltavam dois gols. A partida também ficou marcada pela briga dos torcedores de Cerro e Santos e por objeto jogado pelos paraguaios que atingiu a cabeça de Muricy Ramalho.

Final

Na grande decisão, o Santos enfrentou um velho conhecido: o Peñarol-URU, time que fez a final com o Peixe em 1962. Novamente, o Alvinegro Praiano buscava repetir o feito e conquistar o título em cima dos uruguaios. O tabu de 48 anos sem conquista da Libertadores já incomodava os torcedores. A equipe da Vila Belmiro até chegou na final da Copa Libertadores em 2003, mas perdeu para o Boca Juniors.

O sonho do tri começou a ficar próximo em Montevidéu, com o empate em 0 x 0 e o gol bem anulado do Peñarol no fim do jogo encheu os santistas de confiança.

Na semana seguinte, o Pacaembu virou um verdadeiro mar branco e capital paulista foi tomada por torcedores do Peixe. Para carimbar a faixa, Muricy Ramalho mandou para campo os seguintes jogadores: Rafael; Danilo, Edu Dracena, Durval e Léo; Adriano, Arouca, Elano e Ganso; Neymar e Zé Eduardo.

A equipe santista campeã da Copa Libertadores de 2011 contava com vários jogadores de alta qualidade técnica em todas as posições/ Foto: Divulgação/SFC

Assim, como no primeiro jogo, os 45 minutos iniciais foram de bastante disputa e poucas chances claras de o placar ser inaugurado. Era preciso fazer uma bela jogada para quebrar o sistema defensivo do Peñarol e ela veio no início do segundo tempo.

Ao som, da torcida que gritava “Vai para cima deles, Santos”, Arouca pegou a bola e saiu driblando os uruguaios. Ele tocou para Ganso que devolveu de letra para o volante, que acionou Neymar. O camisa 11 chutou rasteiro e contou com a ajuda do goleiro para abrir o placar e explodir o Pacaembu.

Aos 23 minutos, outro golaço, Danilo cortou o marcador e bateu cruzado de chapa para ampliar o placar e o título ficou ainda mais perto.

O gol contra de Durval após o cruzamento de Estoyanoff deu contornos dramáticos no fim do jogo, mas já estava escrito que aquela Libertadores era do Santos.

Lembrança

O torcedor do Santos, Felipy Brandão, esteve no Pacaembu naquele dia tão especial para os santistas. Ele lembra com detalhes da final.

“Eu acordei ansioso para o jogo e entrei no estádio, por volta das 21h, com a camisa branca. O Pacaembu estava tomado pela torcida do Peixe que cantou de uma maneira que eu nunca vi. Ver o meu time sendo campeão da Libertadores no estádio parecia que não era verdade. Demorei um tempo para acreditar. Foi um dos melhores momentos da minha vida”, recorda.

Noite de 22 de junho entrou para a história/ Foto: Divulgação/SFC

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