Na cerimônia de entrega do Itaquerão feita pela construtora Odebrecht ao Corinthians, hoje, Andres Sanchez disse que o estádio vai custar de R$ 950 a R$ 990 milhões.
Segundo o dirigente corintiano responsável pelo estádio, o valor já foi passado ao conselho deliberativo do clube e houve um “estouro de 14% a 18% do preço inicial”.
O ex-presidente do Corinthians, porém, ironizou o valor do Itaquerão comparando-o ao que o rival São Paulo pretende gastar em uma obra no Morumbi. “Mas a cobertura é de 500 milhões”, disse Andres.
O projeto de cobertura do Morumbi foi apresentado em 20 de dezembro de 2011, mas se arrasta desde então.
A reforma prevê a construção de uma cobertura metálica para o Morumbi, dois prédios de estacionamento na área social do clube e uma arena de 28 mil lugares dentro do estádio. Foi orçada em R$ 460 milhões e tem previsão de conclusão de um ano e meio.
Já o Itaquerão receberá a partida de abertura da Copa do Mundo, em 12 de junho (Brasil x Croácia) e mais cinco partidas (Uruguai x Inglaterra, Holanda x Chile, Coreia do Sul x Bélgica e mais um confronto das oitavas e outro da semifinal).
“Pode ficar tranquilo, não vai cair nada na cabeça de ninguém”, afirmou Andres em discurso nesta terça-feira, ao se referir às três mortes que já ocorreram nas obras do estádio corintiano. O dirigente e a vice-prefeita de São Paulo, Nádia Campeão, referiram-se às mortes dos operários como “fatalidades”.
O diretor de contrato da Odebrecht, Antonio Gavioli, também citou os acidentes e afirmou que o Itaquerão “é um estádio muito seguro.”
De acordo com a construtora, o laudo sobre a causa do acidente ocorrido com o guindaste, em novembro passado, deve ser divulgado nos próximos dias. “Até agora não se tem nada oficial [sobre a causa do acidente], a única certeza que tivemos é que não foi [deslizamento] o solo”, disse Gavioli.