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25 DE JANEIRO DE 2013

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Jr. Negão assume o comando da seleção brasileira com a missão de iniciar nova era

Você assumiu a seleção no final de dezembro e já enfrentou duas competições. Como foi esse trabalho inicial? Trabalho de recuperação. Nos últimos três anos o Brasil vem caindo e chegou no limite agora. Nós não tínhamos time nem renovação. Pediram para eu assumir para dar uma nova cara, então a primeira coisa que eu […]

Por: Da Redação

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Você assumiu a seleção no final de dezembro e já enfrentou duas competições. Como foi esse trabalho inicial?
Trabalho de recuperação. Nos últimos três anos o Brasil vem caindo e chegou no limite agora. Nós não tínhamos time nem renovação. Pediram para eu assumir para dar uma nova cara, então a primeira coisa que eu falei foi treinar. Foi algo que eu sempre questionei, os treinamentos. E falei: vamos treinar e, dos treinamentos, tiraremos os jogadores. Foi algo inédito, que nunca tinha acontecido no Beach Soccer. Sempre teve treino, mas nunca desta forma. No meu tempo, eu não posso nem questionar porque, realmente, os melhores jogavam: Junior, Magal, Zico, Neném, Benjamin, Jorginho, Robertinho. Era incontestável. Mas, ao longo de uns anos para cá, não é mais assim, temos que reconhecer. As outras equipes melhoraram muito. Há a Rússia, a Ucrânia, a Holanda e Suíça. Hoje tem que treinar mais, ter um direcionamento e só os melhores jogam. Todo mundo vinha aqui, era meio que carta marcada. Em um primeiro momento, chamei todos, convoquei os 25 e tirei 15 e, lógico, destes, 12 vão sair campeões mundiais.
A melhora das seleções é um  reflexo  do novo momento do Beach Soccer?
Você vê que no mundo inteiro ele cresceu e só aqui no Brasil parou. A gente tem que voltar a crescer. Recuperar e prestigiar os jogadores mais velhos, como Buru e Bueno, ambos com 40 anos. O próprio Benjamin, que já estava na seleção, mas os outros dois não estavam nos últimos anos. E trazendo garotos novos, como Mauricinho, Datinho, Juan, Bruno Xavier. Minha meta maior é essa, não é nada demais. Fazer o jogador treinar e dar alegria na seleção. Fazer os jogadores virem até aqui com felicidade. No meu tempo, a gente viajava, ficava fora muito tempo longe da família. Queremos dar uma cara nova à seleção.
Como é trabalhar com jogadores que, até pouco tempo, estavam do  seu  lado  na areia?
Para mim é indiferente. Sou amigo deles, mas eles sabem que eu sempre fui um cara que já cobrava muito como jogador e eu não tinha que cobrar. É uma coisa minha, sempre falei muito, tive vontade de ganhar. Gosto de ganhar treino, corrida de distância. E é essa vontade que eu quero passar para todos, resgatar esse sentimento na seleção.  
Em fevereiro já há eliminatórias para a Copa do Thaiti (que acontecerá em setembro de 2013). O Brasil conquistou todos os títulos deste torneio…
Tudo o que passou nós temos que esquecer. Temos que pegar as coisas positivas. O passado é para lembrar, mas estamos em um outro momento. No ano passado, o Brasil perdeu para o Uruguai, Paraguai, Chile e são países que vamos jogar. Se ficarmos pensando “Ah, a gente lá atrás não perdia, no tempo do Júnior…”, isso passou. Eu falo para eles: esquece. Temos que treinar, treinar e treinar, ter disciplina e respeito aos outros times. Naturalmente, a gente deve vencer, mas temos que respeitar todo mundo.
Já pensa no Mundial?
Não, vamos dar passo a passo. Estamos em uma crescente. O público voltou a gostar da seleção brasileira. As pessoas viam, mas achavam chato. Agora, voltou a empolgação. Então, não podemos perder esse momento. Temos que continuar com a empolgação e o jogador vive dela. Eu já joguei, sei disso. No meu tempo, o Brasil dava de 10, 15 e todo mundo via os jogos. Chato é perder. Naquele tempo, nós treinávamos muito. Zico, Júnior já tinham deixado de jogar, vinham de uma carreira vitoriosa, ganhado dinheiro, mas não deixavam de estar logo cedo na praia para o treino. Hoje a gente treina todo dia às 7h30. É preciso dar valor a isso. O treinamento antigamente era às 9 horas, mas antecipei porque é bom treinar e temos que fazer isso. Lá na frente, a gente vai se lembrar: “esse cara não pode me ganhar, pois estou batalhando muito, me dedicando, estou a fim”.
Um dos teus pedidos à Confederação Brasileira de Beach Soccer foi a volta dos centros de treinamentos…
Sim, a partir do momento que me fizeram o convite, eu tinha que ter autonomia. Não sei se os outros não tiveram, também não quero saber. Mas eu tenho que morrer pela minha cabeça. Tenho uma comissão técnica como nunca houve.  Todos trabalham, mas é preciso dar condições para o jogador jogar bem. Lógico que isso não acontece de uma hora para outra. A gente sabe que estamos inovando. 
Qual será seu estilo na seleção?
Fortalecendo muito a defesa, estamos treinando bastante, era algo que não fazíamos. Infelizmente, nós estamos tomando muitos gols e isso não está correto. E nós não estamos marcando tantos gols como antes. Temos que marcar em cima. Arriscando. O medo de ganhar tira a vontade de vencer. Então tem que ir atacar para fazer o gol. Vamos com disposição para ganhar os jogos.

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