Além de chegar atrás de Nico Rosberg no GP de Mônaco de F-1, no domingo (25), e ter perdido a liderança do Mundial de Pilotos para o companheiro de Mercedes, Lewis Hamilton ainda levará um puxão de orelha de seus chefes antes da próxima etapa do campeonato, o GP do Canadá, que acontece no dia 8.
O responsável por dar a bronca no piloto inglês será Niki Lauda, diretor da equipe alemã, vencedora das seis etapas já disputadas neste ano, as últimas cinco com dobradinhas.
“Vou conversar com Lewis e garanto que vamos resolver a situação. A tensão entre eles [Hamilton e Rosberg] está aumentando, não há dúvida, mas temos que ter certeza de que a coisa não vai sair do nosso controle”, afirmou Lauda.
O clima na líder do Mundial de Construtores ficou bastante tenso desde sábado, quando Hamilton insinuou que seu companheiro teria cometido um erro proposital para assegurar a pole position para a corrida em Montecarlo.
A suspeita virou investigação dos comissários de prova, que absolveram Rosberg depois da analisar vídeos e a telemetria de seu carro.
No domingo, após ver Rosberg vencer o GP de Mônaco pelo segundo ano seguido, Hamilton ignorou o companheiro de time no pódio e, mais tarde, na entrevista coletiva pós-corrida, os dois se alfinetaram o tempo todo e não se falaram.
Segundo Toto Wolff, diretor da Mercedes, a tensão entre os pilotos começou na etapa anterior do Mundial, o GP da Espanha, há duas semanas.
Na ocasião, Hamilton desobedeceu um protocolo do time e usou uma regulagem que dava mais potência para o motor de seu carro. Ele venceu a prova e Rosberg foi o segundo colocado.
“Se neste domingo quem ficou chateado foi o Lewis, no outro foi o contrário. “Nico se sentiu prejudicado pelo que aconteceu naquela corrida e acho que é normal”, afirmou Wolff.
A intervenção dos dirigentes da Mercedes busca evitar que o que ocorreu.
A disputa interna entre os então companheiros Hamilton e Fernando Alonso acabou fazendo com que Kimi Raikkonen ficasse com o título naquele ano.
Em Mônaco, após a polêmica na classificação, Lauda teve conversas com os dois pilotos na manhã de domingo para evitar que eles acabassem se chocando durante a prova e prejudicassem o time.
“Falei com os dois, mas ainda não terminamos. Entendo todos os comentários deles, mas temos que esperar mais uns dois ou três dias. Mas isso estará resolvido antes de chegarmos ao Canadá”, afirmou Lauda.
“Eles não são crianças. São profissionais adultos, que têm suas dificuldades, mas eu vou ajudá-los a lidar com os problemas de uma boa maneira e eles vão entender a situação.”