No dicionário Houaiss, a palavra filosofia tem a denominação de uma “doutrina” ou de um “conjunto de estudos teóricos que ajudam a explicar a realidade e os valores humanos”. Para substituir Carlos Alberto Parreira, que atuava como coordenador técnico, ao lado de Felipão e Murtosa, o presidente da CBF José Maria Marin “convocou” Gilmar Rinaldi, que falou em implantação de “nova filosofia”.
Como técnico ou especialista na área, o ex-jogador e até então ex-empresário de atletas nunca teve experiência. Ao lado dos dirigentes da entidade máxima do futebol brasileiro, Rinaldi estará incumbido de escolher o novo técnico da Seleção Brasileira (confira no quadro abaixo os nomes mais cotados para a função).
Em entrevista coletiva na última quinta (17), o novo coordenador foi enfático: descarta chamar um treinador estrangeiro. Ou seja: o torcedor que imaginou um José Mourinho, Jürgen Klopp ou até mesmo Pep Guardiola – por quê não? – pode cessar com as expectativas. Mas voltando a principal indagação – que “nova filosofia” é essa em prol da seleção?
Rinaldi disse que o técnico que deverá estar na nova “era” da Seleção – se é que se pode dizer assim – precisará assistir não só partidas, como gravar e rever treinos. “Precisamos saber o que está acontecendo de novo no mundo”, disse, que apesar de discordar da necessidade de um estrangeiro, é favorável ao intercâmbio de experiências e conversas com treinadores estrangeiros.
O grande “gargalo” para Rinaldi é o fator de ser agente FIFA. Na prática, ele terá de discernir a gestão de escolhas técnicas dos interesses particulares de jogadores que “foram” seus clientes.