Após muita expectativa, enfim chegou um dos momentos mais especiais do futebol brasileiro.
Clássico, rivalidade, história, final e Maracanã são alguns dos ingredientes da decisão da Copa Libertadores entre Palmeiras e Santos. Para chegar ao título tão desejado pela torcida, ambas equipes tiveram que enfrentar diversos obstáculos, como a altitude, times argentinos, mudança na comissão técnica e o surto da Covid-19 entre os atletas. Mas com força de vontade e bom futebol, Palmeiras e Santos se superaram, contudo, apenas um ficará com a glória eterna.
Último encontro entre Palmeiras e Santos terminou empatado em 2 x 2/ Foto: Divulgação/ Santos FC
Promessa de emoção
Os torcedores mais nervosos e ansiosos não gostam de relembrar o histórico de confrontos eliminatórios entre Palmeiras e Santos. Nas últimas cinco ocasiões, os duelos foram decididos nos pênaltis, algo provável para a final no Maracanã, pois existe um equilíbrio forte entre os times. O Peixe levou a melhor em três delas, em 2013, 2015 e 2016 pelo Campeonato Paulista, já o Alviverde venceu em duas oportunidades (Copa do Brasil 2015 e Campeonato Paulista 2018). Para a final da Libertadores, haverá muito estudo por parte dos técnicos. A escalação só será definida minutos antes da bola rolar. O técnico do Palmeiras, Abel Ferreira, tem dúvida no meio campo, já Cuca ainda não definiu qual goleiro será o titular.
A esperança de gols da torcida do Palmeiras está depositada em Rony e Luiz Adriano, enquanto os santistas esperam um jogo memorável de Soteldo e Marinho.
Segredo para o título
Quem já conquistou a Libertadores sabe o que está passando pela cabeça dos jogadores. O lateral Léo, que foi campeão do torneio pelo Santos em 2011 e vice em 2003, ressalta que não há um segredo para a conquista da América “Não existe uma receita. É uma competição muito difícil, que exige o máximo de cada atleta e não permite erros. É encarar cada jogo como uma final e a final como uma guerra” destacou Léo.
O lateral ainda ressaltou que o clima antes da decisão é maravilhoso “Você vive aquele jogo 24 horas por dia por vários dias seguidos. A gente não vê a hora de chegar o momento de ir ao estádio e entrar em campo”, relembra.
Grande negócio
Taça da Libertadores no Cristo Redentor foi uma das ações de marketing da Conmebol/ Foto: Divulgação
Com o sucesso da final em jogo único na edição passada, entre Flamengo e River Plate, a Conmebol decidiu manter um grande evento em local definido antes mesmo da decisão. Quis o destino que duas equipes brasileiras se enfrentassem no Maracanã. Com a pandemia da Covid-19, não haverá presença de torcedores no estádio, porém nada que atrapalhasse o plano publicitário da Conmebol.
A final será exibida para 192 países. O horário do jogo foi escolhido por interesses comerciais, até porque 17h no verão carioca é um calor que será sentido pelos jogadores.
Além disso, a entidade realizou ensaios fotográficos, entrevistas especiais, postagem para saber qual luz deve iluminar o estádio e até levou a taça ao Cristo Redentor. Não foi só a Conmebol que terá lucros na final. O time campeão irá desembolsar 15 milhões de dólares (R$ 75 milhões).
O Santos já conseguiu um bom dinheiro. A equipe fechou para a final o patrocínio do Fortninte, marca mundialmente reconhecida dos games e que atrai principalmente o público jovem.
Rumo ao Mundial
Quem vencer a Copa Libertadores não terá muito tempo para comemorar o título, pois a semifinal do Mundial de Clubes, que acontece no Catar está marcada para o dia 7 de fevereiro.
O clube campeão da América enfrenta o vencedor de Tigres do México e Ulsan, da Coréia do Sul.