No Qatar, zagueiro Domingos comemora três anos sem expulsões | Boqnews
Foto: DIvulgação/Al-Kharitiyath.com

Futebol

28 DE JANEIRO DE 2015

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No Qatar, zagueiro Domingos comemora três anos sem expulsões

Domingos se reapresentou nesta semana ao seu time, o Al-Kharitiyath, da capital Doha.

Por: Marcel Merguizo
Da Redação

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domingosqatarHá três anos Domingos não é expulso. Conhecido pela força, muitas vezes em excesso, quando atuava por Santos, Portuguesa e Guarani, entre outros clubes, o zagueiro de 29 anos não vê um cartão vermelho apontado para si desde que chegou ao Qatar, em 2012.

“A idade vai chegando e você vai adquirindo experiência. Em três anos no Qatar, nunca fui expulso. Isso dá uma motivação enorme. Muitas vezes no Brasil, por ser um jogador mais forte, de marcação forte, você é confundido, vira um jogador violento. Isso dificulta jogar no Brasil”, disse o único brasileiro do time.

Domingos se reapresentou nesta semana ao seu time, o Al-Kharitiyath, da capital Doha. Ele encontrou com jornalistas brasileiros enquanto fazia testes físicos na Academia Aspire, um dos maiores complexos esportivos do mundo, que fica no Qatar, e falou da experiência no emirado asiático.

“Aqui é um país muito bom para se viver. O futebol aqui está evoluindo muito. A estrutura que o Qatar tem é a melhor que já vi, é fantástica”, comentou Domingos, que mora em Doha com a mulher e duas filhas, de três e seis anos.

O campeonato local está parado há 45 dias, em razão da disputa da Copa da Ásia. O Qatar, que vai ser sede da Copa do Mundo de 2022, foi eliminado na primeira fase, com três derrotas.
“A nova geração de jogadores qatari é boa, de qualidade. Você vê a estrutura que eles têm. Para a Copa vão ter jogadores bastante qualificados”, disse o zagueiro, que não cogitou se naturalizar para defender o pequeno e rico país do Golfo Pérsico.

“Eu já tenho 29 anos, isso é para garotos de 15 ou 16 anos. E eu já passei pela seleção brasileira, estou tranquilo”.

Nem mesmo as temperaturas de até 50ºC no verão incomodam o zagueiro campeão brasileiro em 2004 com o Santos.

“Estou acostumado com o calor do Nordeste, da Bahia. Mas aqui quando chega a 48 é um pouco quente. Tem jogo nessa época [junho e julho] mas é às sete ou oito da noite. E tem estádio com ar-condicionado [o do Sadd], aí você não sente tanto o calor”.

E se com o calor o baiano de Nazaré se acostumou, com os costumes locais não foi diferente, segundo ele.

“No primeiro ano você acha que não vai aguentar ficar, porque é um país mais família. Você está todo dia em casa, com a família. No Brasil você fica mais no hotel do que em casa. É um país tranquilo pra jogar futebol”, explica.

No Qatar, devido à religião islâmica, é proibido o consumo de bebidas alcoólicas em público, por exemplo. Os muçulmanos também fazem cinco orações por dia, por isso há mesquitas e salas específicas para as rezas em diversos locais, inclusive estádios. Há diversas limitações de roupas e comportamentos públicos ainda. Domingos, no entanto, quer ficar até quando os xeques pagarem bem suas contas. O contrato acaba em maio.

“Enquanto os caras quiserem me deixar aqui, vou ficando”, conclui.

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