Rei do Futebol completa 80 anos | Boqnews
Foto: Divulgação

Esportes

23 DE OUTUBRO DE 2020

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Rei do Futebol completa 80 anos

Pelé é reverenciado mundialmente pelos amantes do esporte

Por: Da Redação

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“Se Pelé não fosse homem seria bola”. A frase do jornalista e cronista Armando Nogueira talvez seja a melhor forma para definir Edson Arantes do Nascimento, que completa 80 anos nesta sexta-feira (23).

O ‘Rei do Futebol’ continua sendo a principal referência na modalidade e inspiração de quem sonha em vestir a camisa 10 da Seleção Brasileira, mesmo jogando sua última partida oficial em 1977.

A tecnologia tem contribuído ainda mais para o legado de Pelé, isso porque quem não viu ele jogar tem a oportunidade de acompanhar os lances mágicos do Rei pelo celular ou em filmes que irão confirmar que as histórias contadas pelos avôs e pais são verídicas.

Amigos

A equipe de reportagem do Boqnews entrou em contato com dois jogadores, ídolos do Santos que atuaram com o Rei. Edu destacou que Pelé o ajudou muito no começo da carreira quando tinha apenas 15 anos e a responsabilidade de jogar com os craques do Peixe.

Além disso, o ponta esquerda destacou que o camisa 10 antes dos jogos dormia, enquanto o time fazia o aquecimento com a tradicional roda de ‘bobinho’. Outro ídolo do Santos, Pepe também relembrou passagens marcantes com o Rei. O ‘Canhão da Vila’, como é conhecido, em diversas entrevistas afirmou que é o maior artilheiro da história do clube com 495 gols, já que, segundo ele, Pelé não é deste planeta.

Pepe não acredita que haverá um jogador como o Rei do Futebol “Foi o único atleta completo que eu já vi. Perna direita, perna esquerda, cabeceio, impulso, perfeito. Guardo com carinho todos os momentos que nós passamos juntos, sempre houve uma amizade muito grande entre nós”, concluiu.

 

Trajetória no Santos

Chegada no Santos FC/ Foto: Divulgação

Pelé, que nasceu em Três Corações, em Minas Gerais, mudou-se para Bauru ainda quando era criança. Talentoso desde os primeiros anos de vida, o garoto chegou ao Santos em 1956, em um time que havia conquistado o Campeonato Paulista um ano antes.

A vinda do adolescente mudou a história do Santos e do futebol mundial, com um verdadeiro esquadrão formado por grandes jogadores. Com Pelé, o Peixe conquistou diversos títulos, como seis campeonatos nacionais, dois mundiais, além das conquistas da Copa Libertadores. A galeria de títulos continentais poderia ser ainda maior, mas na época a Libertadores não tinha o destaque como atualmente e o clube optou por priorizar competições nacionais e excursões.

Por falar de excursões, o Peixe rodou o mundo. Em uma dessas viagens, o time e Pelé pararam uma guerra. Isso mesmo. Em 1969, o Santos realizou um amistoso na África contra a Seleção do Meio Oeste na Nigéria.

O problema é que no local estava havendo a guerra de Biafra. Contudo, as pessoas pararam o conflito para o Peixe jogar. No mesmo ano, Pelé marcou seu milésimo gol contra o Vasco no Maracanã, com vitória do Santos por 2 x 1. Como toda a história, a passagem do Rei pelo Alvinegro Praiano teve um fim. Em 1974, numa partida contra a Ponte Preta na Vila Belmiro, o camisa 10 pegou a bola e foi ao meio de campo e ajoelhou-se. Era despedida do Rei, após 18 anos, para as lágrimas do torcedor santista.

Pelé colecionou diversas histórias no Santos, com recordes de gols, títulos e um tabu que é lembrado até hoje. Enquanto esteve no Peixe, o Corinthians ficou 11 anos sem vencer o Alvinegro Praiano. Após se despedir do futebol brasileiro, o Rei do Futebol aceitou o convite e foi atuar nos Estados Unidos, pelo Cosmos.

Seleção brasileira

A história de Pelé com a Seleção Brasileira começou muito antes de seu jogo com a ‘Amarelinha’. Em 1950, a Seleção perdeu a Copa do Mundo para o Uruguai por 2 x 1 no Maracanã. Dondinho, seu pai, não conteve as lagrimas e o garoto prometeu-lhe que daria um Mundial dedicado a ele.

O Camisa 10 fez mais que isso. Conquistou três taças, o único jogador a ter essa marca. O primeiro foi em 1958 na Suécia, quando tinha 17 anos. Ele brilhou nas quartas de final contra o País de Gales e na final contra os donos da casa. Em 1962, no Chile, Pelé só atuou nas duas primeiras partidas já que teve uma lesão. O Brasil conquistou o bicampeonato vencendo a Tchecoslováquia na final. Quatro anos depois, na Inglaterra, o Rei foi perseguido com faltas duras e jogadas sujas dos adversários europeus. Com dificuldades, a seleção não passou da primeira fase.

Porém, os ‘Deuses do Futebol’ reservaram a Copa de 70 para Pelé. O jogador que tinha decidido não atuar mais em mundiais mudou de posição para a alegria dos brasileiros, fazendo parte da melhor seleção de todos os tempos. O camisa 10 brilhou e o Brasil conquistou o tri no México.

Pelé comemorando o gol nos braços de Jairzinho/ Foto: Divulgação

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