O Brasil fez história nos Jogos Pan-americanos de Santiago, com diversos recordes.
A delegação brasileira alcançou o melhor resultado em número de medalhas conquistadas e ouros.
No total, foram 205 medalhas, sendo 66 de ouro, 73 de prata e 66 de bronze.
Dessa forma, o Brasil terminou na segunda colocação no quadro de medalhas.
Sendo assim, o Brasil confirmou ser a segunda potência da América, ficando atrás apenas dos Estados Unidos.
Vale destacar que em 2019, no PAN de Lima, o Brasil também ficou na segunda colocação no quadro de medalhas.
Porém, foram 168 medalhas conquistadas, no total.
Os resultados mostram que o esporte brasileiro tem tido um crescimento significativo nos últimos anos.
Para se ter uma ideia, em 1995, nos Jogos Pan-americanos de Mar Del Plata, o Brasil ficou apenas na sexta colocação no quadro de medalhas, atrás de México, Argentina, Canadá, Cuba e Estados Unidos, respectivamente.
Naquela ocasião, o Brasil conquistou 82 medalhas, no total. Importante pontuar que as competições esportivas no País, como o Pan de 2007 e os Jogos Olímpicos de 2016 tiveram um papel fundamental para formação de atletas.
Santos
Santos teve importância fundamental para o Brasil chegar a este patamar histórico no PAN de Santiago.
Os atletas da Fundação Pró-Esportes (FUPES) conquistaram 21 medalhas no total, sendo 8 de ouro, 9 de prata e 4 de bronze.
Dessa forma, se Santos fosse um País, ficaria na 11ª posição no quadro de medalhas, com o mesmo número de ouros da Venezuela.
O feito dos atletas da FUPES é uma marca impressionante.
Afinal, a Cidade ficou na frente, por exemplo de todos os países da América Central, exceto Cuba.
Além disso, a cidade aparece ne frente de países da América do Sul, como o Equador, Uruguai, Bolívia e Paraguai.
Importante frisar que Santos tem uma população de aproximadamente 420 mil habitantes, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A Bolívia, por exemplo, tem uma população de mais de 12 milhões de habitantes.
FUPES
O diretor presidente da FUPES, Frederico Luiz Monteiro, ressaltou o feito da cidade nos Jogos Pan-americanos.
“É um resultado muito expressivo, é sinal que o trabalho tem sido bem feito. O Pan foi a cereja do bolo, a cidade já havia conquistado grandes resultados este ano em competições estaduais e nacionais”, destacou.
Além disso, Monteiro ressaltou a importância da parceria na natação com a Universidade Santa Cecília.
O diretor-presidente também salientou as expectativas para os Jogos Olímpicos de Paris no próximo ano.
“É difícil fazer uma previsão em relação as medalhas, mas tenho certeza que os atletas da FUPES terão uma boa campanha. Queremos subir no pódio, como na última edição, em Tóquio, quando Ana Marcela Cunha, conquistou o ouro na maratona aquática”.
Por fim, o diretor presidente da FUPES enalteceu a vocação esportiva da cidade, que continua trazendo bons frutos para o Brasil.
Medalhas
Das 21 medalhas conquistadas pelos atletas da FUPES, 19 foram da natação, com a equipe da Unisanta que teve um papel fundamental neste recorde. Entre os nadadores que conquistaram a medalha na piscina, estão: Guilherme Costa, Cachorrão (4 ouros), Felipe Ribeiro (3 ouros), Maria Fernanda Costa (3 pratas), Gabrielle Roncatto (1 prata e 2 bronzes), Guilherme Basseto (1 prata e 1 bronze), Maria Paula Heitmann (1 prata), Nathalia Almeida (1 prata) e Leonardo de Deus (1 prata).
Além disso, na maratona aquática, a atual campeã olímpica Ana Marcela Cunha ficou com a prata.
Das águas para o tatame, Brenda Padilha conquistou a medalha de bronze no caratê (categoria mais de 68 quilos).
Para fechar a lista, o atleta Erik Medziukevicius conquistou o ouro na patinação artística.
Ele teve a melhor nota no somatório geral.
Importante pontuar que Jogos Panamericanos têm uma série de modalidades que não estão no programa olímpico.
O caratê e a patinação artística são alguns deles, ou seja, Brenda Padilha e Erik Medziukevicius não podem disputar os Jogos de Paris, em 2024.
Além dessas modalidades, outros esportes que estiveram no PAN não estarão nas Olimpíadas, caso do beisebol, boliche, esqui aquático, pelota basca, entre outros.
Guilherme Costa
O nadador da Unisanta, Guilherme Costa, o Cachorrão, relatou o sentimento de orgulho, após conquistar quatro medalhas de ouro.
“É uma sensação muito boa. Era um objetivo que eu tinha desde o início do ano. Fiquei muito feliz em ter conquistado este resultado”, citou.
Além disso, Guilherme Costa enalteceu a campanha do Brasil nos Jogos. “A cada edição do Pan conseguimos mais medalhas, isso mostra que estamos no caminho certo”, salientou.
Por fim, o nadador citou a preparação física e mental para superar a maratona de provas e conquistar as quatro medalhas de ouro.
Afinal foram cinco dias de competição e quatro provas para disputar.
Para ele, o revezamento 4 x 200 metros foi o mais difícil.
Os próximos desafios de Guilherme Costa são o Mundial em Doha e os Jogos Olímpicos de Paris.
Guilherme Costa (cachorrão)
Parapan
O Brasil também quer fazer história nos Jogos Parapan-Americanos, com recordes.
A competição começa no dia 17 de novembro e vai até o dia 26. Ao todo, o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) convocou mais de 300 atletas para a competição.
Uma parte da delegação já começa embarcar neste domingo (12) para Santiago.
Vale destacar que nas edições de Guadalajara (2011), Toronto (2015) e Lima (2019), o Brasil ficou na primeira colocação no quadro de medalhas.
Dessa forma, a expectativa é que o feito se repita nesta edição.
Próximo PAN
O próximo PAN será no ano de 2027, a organização já confirmou que a competição será realizada na cidade de Barranquilla, na Colômbia.
Para 2031, existe a possibilidade do PAN ser disputado em São Paulo, a candidatura ainda está na fase inicial.
Confira as notícias do Boqnews no Google News e fique bem informado.