
Os direitos econômicos de Gabriel estão divididos da seguinte forma: 40% para o Santos, 30% para o atleta, 20% para a Doyen Sports e 10% para um grupo de investidores. Esses 10% foram negociados pelos representantes do jogador
O atacante Gabriel não deve ficar sem compensação após recusar a proposta do Fernebahce, da Turquia. A reportagem apurou quea diretoria do Santos prepara uma proposta para conceder o maior salário do elenco ao jogador.
O aumento salarial é uma estratégia da cúpula alvinegra para aumentar a multa rescisória do atleta, avaliada em 50 milhões de euros [R$ 204 milhões]. Mas o foco principal é derrubar uma cláusula contratual, considerada perigosa pelos dirigentes santistas.
A cláusula obriga o Santos a cobrir propostas da Europa acima de 18 milhões de euros [R$ 73,5 milhões] durante a vigência do contrato. Caso contrário, o clube será obrigado a vender o jogador. A cláusula foi inserida pelo ex-presidente Odílio Rodrigues, que estendeu o vínculo do atleta até o fim de 2019 no ano passado.
A proposta do clube turco ficou próxima do valor da cláusula e assustou a diretoria santista. O Fernebahce iniciou as negociações com 10 milhões de euros [R$ 40 milhões], mas terminou a transação oferecendo pouco mais de R$ 15 milhões de euros [R$ 61,2 milhões].
A ideia é seduzir o jogador com um aumento salarial considerável e propor a quebra da cláusula, além do aumento automático da multa rescisória. Gabriel já possui um dos maiores ordenados do elenco, em torno de R$ 180 mil mensais.
Gabriel não pressionou o clube após receber a proposta dos turcos. Um dos motivos que fizeram o jogador priorizar o clube paulista é o desejo de defender a seleção brasileira nos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro.
Vale ressaltar que o Santos só tem direito a 40% do valor total em caso de transferência de Gabriel. O clube paulista tinha 60% dos direitos econômicos, mas o ex-presidente do clube, Odílio Rodrigues, negociou 20% com um grupo de empresários poucos dias antes de deixar o clube no ano passado.
O dirigente usou parte da verba para pagar dívidas com investidores, envolvendo as transações de Leandro Damião e Felipe Anderson.
Os direitos econômicos de Gabriel estão divididos da seguinte forma: 40% para o Santos, 30% para o atleta, 20% para a Doyen Sports e 10% para um grupo de investidores. Esses 10% foram negociados pelos representantes do jogador.