O Santos foi surpreendido na Vila Belmiro. “Desorganizado” em campo, segundo o próprio treinador Muricy Ramalho, o Peixe acabou levando a pior no duelo contra o Figueirense, pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro. Mesmo jogando em casa, os santistas acabaram superados por 3 a 2. O resultado deu fim na ótima sequência que o time praiano vinha estabelecendo no Brasileirão – eram oito jogos sem derrotas, com quatro vitórias consecutivas. O placar fez o Santos estacionar nos 35 pontos – com duas partidas a menos – e cair para o 11º lugar, ultrapassado pelo próprio Figueira, que deixou para trás uma série de cinco jogos sem vencer e foi a 36 pontos, assumindo o 10º lugar.
A partida começou veloz, com os catarinenses apostando nos contra-ataques. Aos 8, o clube de Florianópolis abriu o placar, com Júlio César. O atacante cobrou falta na meia-lua da área santista por cima de Rafael, que não afastou e viu a bola morrer nas redes. Bem marcado, o Santos sofria sem a possibilidade de uma jogada diferenciada, que poderia até sair dos pés de Neymar – o camisa 11, contudo, estava suspenso. Apesar disso, o Alvinegro Praiano tem um Borges em grande fase. E foi dos pés do camisa 9 o gol de empate, aos 24 minutos, após conseguir livrar-se da marcação, depois de receber uma bola na entrada da área. Foi o 19º tento do goleador no Brasileirão, em 22 partidas.
O Figueirense, no entanto, acabou não se abatendo e, em mais um lance de contra-ataque, chegou ao segundo gol. Aos 26, Wellington Nem, livre de marcação após Edu Dracena e Durval terem subido à área catarinense para um escanteio, avançou com liberdade pelo meio-campo e, na saída de Rafael, tocou para as redes. O Peixe encontrava dificuldades para armar o jogo, mas aos 46, enfim, o time acertou a mão. Felipe Anderson fez bela jogada pela direita, cruzou para a área e Léo, na velocidade vindo da esquerda, bateu rasteiro no gol defendido por Ricardo, garantindo um empate ainda antes do intervalo.
A velocidade do primeiro tempo deu lugar a uma etapa final fraca e de poucas oportunidades, tanto pela ineficiência santista em armar lances de perigo como pela bem postada defesa do Figueirense. Os catarinenses, no entanto, não haviam abdicado dos contra-ataques, e aos 37, acertaram um lance fatal. Júlio César, pelo meio, achou Wellington Nem na entrada da área. O jovem meia-atacante foi para cima e acabou derrubado por Léo. Pênalti, que Júlio César conferiu para as redes, colocando o time de Florianópolis pela terceira vez na ponta do marcador. Desta vez, de forma definitiva.