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09 DE SETEMBRO DE 2025

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As vias da Independência – Rua Frei Francisco Sampaio

Pouco lembrado na história da Independência, Frei Francisco Sampaio, que dá noime à rua santista, foi responsável por redigir o ‘Manifesto do Fico’ para D. Pedro I.

Por: Ronaldo Tarallo Junior
Da Redação

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A história da Independência do Brasil é muito conhecida pelos feitos de D. Pedro I, Imperatriz Leopoldina e José Bonifácio.

No entanto, existem outros membros dessa história que são pouco lembrados ou enaltecidos e ao longo do mês de setembro contaremos algumas destas “Vias da Independência”.

Assim, o primeiro desta temporada será Frei Francisco Sampaio, grande responsável por manter o então príncipe regente em terras Tupiniquins.

Portanto, o religioso dedicou boa parte de sua vida a servir a igreja católica por meio da ordem franciscana.

Porém, na fase final de sua vida teve grande atuação política e foi responsável por apresentar um manifesto ao futuro imperador que ficaria conhecido como Dia do Fico.

QUEM FOI FREI FRANCISCO SAMPAIO?

Frei Francisco Sampaio de Santa Teresa de Jesus nasceu no Rio de Janeiro em agosto de 1778.

Por isso, teve sua formação educacional desenvolvida na Escola Régia de Manuel Inácio da Silva Alvarenga, onde estudou por cinco anos.

Em 1790, aos 12 anos, deu início aos estudos no Convento de Santo Antônio, reconhecido pelo Alvará Régio de 1776.

Assim, após o falecimento de sua mãe, em 1793, ingressou no Convento da Ilha do Senhor Bom Jesus, na Baía de Guanabara.

Lá se iniciou na ordem franciscana e tomou o hábito em 14 de outubro daquele mesmo ano.

Em 1798, iniciou seus estudos em Filosofia no Convento de São Paulo, sob a direção de Frei Joaquim de Santa Leocádia.

Portanto, alguns anos depois, recebeu as ordens sacerdotais e, já como sacerdote, passou a lecionar Teologia e Eloquência Sagrada no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro.

FAMÍLIA IMPERIAL

Assim, com a chegada da família imperial portuguesa ao Rio de Janeiro em 1808, o Frei passou a atuar mais intensamente na vida pública.

Foi nomeado Pregador da Capela Imperial e Examinador da Mesa de Consciência e Ordens.

Dessa forma, ficou responsável por decidir sobre questões religiosas, morais e de governação e a tutela de ordens militares.

Coordenou a administração de bens e capelas, a gestão da Universidade e dos assuntos do padroado real- funções que o introduziram na vida política da Corte portuguesa no Brasil.

A partir de 1820, Frei Francisco Sampaio passou a se envolver diretamente nas articulações pela independência.

Reuniu-se com José Joaquim da Rocha – Capitão-mor brasileiro e integrante da equipe de transição na Independência do país – e outros membros do chamado “Clube da Resistência”, discutindo estratégias para fortalecer o movimento popular.

DIA DO FICO

Redigiu o documento conhecido como Manifesto do Povo do Rio de Janeiro, mais tarde chamado de Manifesto do Fico, apresentado a Dom Pedro em 9 de janeiro de 1822.

O texto pedia a permanência do príncipe no Brasil, ato que ficou conhecido como o “Dia do Fico”.

Ainda em 1822, Frei Sampaio acompanhou D. Pedro em viagens a São Paulo e Santos.

Durante essa ocasião, o príncipe conheceu Domitila de Castro, a Marquesa de Santos, que passou a exercer grande influência sobre ele.

Aos poucos, D. Pedro se afastou de antigos conselheiros, entre eles José Bonifácio e o próprio Frei, que perderam espaço no cenário político.

Em 1824, Frei Sampaio ainda exerceu funções de destaque, como deputado à Bula da Cruzada, além de ter sido guardião e secretário da Província de sua ordem, pregador régio, censor municipal e um dos maiores oradores sacros do Brasil.

Contudo, em 1825 retirou-se definitivamente da vida pública.

FUNERAL DE LEOPOLDINA E MORTE

No dia 12 de dezembro de 1827, proferiu seu último sermão, durante o velório da Imperatriz Leopoldina, que sempre fora sua aliada no processo de independência.

Esquecido pela corte, Frei Francisco Sampaio recolheu-se ao Convento de Santo Antônio, no Rio de Janeiro, onde faleceu em 13 de setembro de 1830.

A RUA

Com cerca de 1700 metros, corta os bairros Vila Hayden, Embaré e Aparecida entre o canal 4 e a Rua Sen. Lacerda Franco,sendo uma das mais extensas ruas de Santos.

Inicialmente chamada de Rua 243, recebeu a denominação atual pela lei 847 em 12 de janeiro de 1929, após sanção do prefeito municipal Dr. José de Sousa Dantas, sendo a única da Baixada Santista.

Para ver outras vias da independência só acessar este link https://www.boqnews.com/etc/as-vias-da-independencia-em-santos/ e pelo instagram do @viasdesantos é possível ver estas vias e muitas outras.

 

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