De todos os movimentos que apelam à igualdade de direitos, o feminismo, que apela à igualdade de direitos entre homens e mulheres, é dos mais antigos, tendo sido iniciado em 1848; e apesar de ainda haverem aspetos a melhorar, as últimas décadas foram sem dúvida marcadas por profundas transformações que impactaram a vida de mulheres por todo o mundo.
O maior feito no que toca aos direitos das mulheres é o direito ao voto.
Em 1866, o direito a votar foi concedido a todos os cidadãos, do sexo masculino, dos países desenvolvidos.
Foi apenas em 1920 que a lei foi emendada, concedendo também às mulheres o direito ao voto.
Em 1916, Margaret Sanger abre a primeira clínica de contraceptivos femininos (pílula) em Brooklyn, EUA, no entanto esta foi fechada após apenas dez dias.
Margaret continuou a lutar pelo direito das mulheres a controlarem o seu próprio corpo, e em 1923 obteve apoio legal para manter a sua clínica.
Revolução sexual
Alguns anos depois iniciou-se a revolução sexual: em 1976, no Nebraska, EUA, e passada a primeira lei marital, tornando ilegal um marido violar a sua mulher, e em 1973 foi declarado em tribunal que a constituição americana protege o direito das mulheres a terminarem uma gravidez antes do nascimento da criança, ou seja, protegendo o direito ao aborto.
Em 1978 foi passada uma lei proibindo discriminação de mulheres grávidas em situações de empregabilidade, e em 1993 as mulheres foi permitido a mulheres tirarem licenças de maternidade depois de darem a luz.
Nos dias de hoje o movimento pelos direitos das mulheres continua a ter imensas/os ativistas, e a prova disso são as diversas marchas e protestos que envolveram mais de 5 milhões de pessoas num total de 81 países por todo o mundo apenas este ano.
Assim, outro excelente exemplo da resiliência deste movimento é o facto de que desde 2017 têm sido criadas aplicações de transporte exclusivamente para mulheres, como a BellaDriver, que asseguram um meio de transporte mais seguro, evitando incidentes de assédio sexual e violência, particularmente a noite.
Malala Yousafzai
Adicionalmente, mulheres como Malala Yousafzai, uma ativista Paquistanesa, lutam por direitos das mulheres que ainda nem todos os países consideram fundamentais, como o direito a uma educação, ou a proteção de jovens raparigas menores de idade contra casamentos arranjados com homens desconhecidos e mais velhos.
Apesar de todos os avanços ao longo dos anos, ainda há uma longa caminhada a percorrer, a diferença de salário entre homens e mulheres nos mesmos setores ainda não foi erradicada, várias empresas ainda empregam mais homens que mulheres, e apenas 9% das cadeiras na câmara dos deputados são ocupadas por mulheres.
No entanto, é de esperar que uma percentagem cada vez maior da população mundial se junte na promoção da igualdade absoluta entre gêneros.