Em Guarujá, os estudantes da rede municipal de ensino estrearam o curta-metragem ‘O Limite do Silêncio’, uma produção audiovisual gerada a partir de um projeto piloto da Associação Saber Viver, em parceria com a Prefeitura.
Sendo assim, a obra teve lançamento no Cine Ferry Boat Plaza, na última semana. O evento contou com a participação de alunos, familiares, autoridades locais e produtores
O projeto Rede Amiga da Saúde Mental, lançado neste ano, contou com a proposta de oficinas focadas no fortalecimento socioemocional de profissionais da saúde e da população, para contribuir na prevenção de doenças.
A iniciativa integra, ainda, o Setembro Amarelo, mês de prevenção ao suicídio.
Dessa forma, o projeto piloto alcançou os estudantes do 5° e 6° ano das escolas municipais Doutor Gladston Jafet (Vila Lígya) e Lucimara de Jesus Vicente (Santa Rosa).
Ao todo, 305 alunos participaram das atividades complementares com oficinas socioemocionais, que se estenderam aos estudantes do 7° ao 9º ano.
Portanto, a proposta possui desenvolvimento em parceria com as secretarias de Saúde (Sesau) e de Educação (Seduc).
Além disso, as oficinas socioemocionais para os estudantes aconteceram sob a supervisão de uma psicóloga do Projeto. Já as de produção audiovisual foram ministradas pelo produtor Tony Vallente – também responsável pela coordenação do curta – e envolveram cerca de 30 alunos.
Sobre O Limite do Silêncio
Dessa forma, a produção tem cerca de 21 minutos de duração e retrata problemas nos quais os jovens precisam de escuta, de forma a serem enxergados na sociedade como pessoas que pensam e sentem cada ação ao seu redor.
A produção ainda aborda questões familiares, que podem afetar diretamente o emocional e a socialização desses alunos com outros colegas de classe.
Em breve, será a vez dos estudantes de Ensino Fundamental II da rede municipal assistirem ao curta ‘O Limite do Silêncio’, conforme data que ainda terá divulgação.
Além disso, a produção também ficará disponível no YouTube e no site da Associação Saber Viver.
Produção desperta interesse de estudantes
Mesmo sendo um tema extremamente delicado, os alunos de Guarujá se engajaram no projeto.
O aluno Eric Alexandre, de 15 anos, da Escola Municipal Gladston Jafet, atuou no curta interpretando o personagem Henrique, como elenco de apoio.
Ele considera que a experiência foi sensacional. “Foi bem tocante porque esse assunto me dava gatilho (emocional). Já sofri, porém, isso me ajudou a lidar com muitas coisas. E ao passar por tudo isso, posso dizer que é muito gratificante saber que você tem amigos”, lembra o estudante.
Tony Vallente ressalta que o cinema é uma arte coletiva. “Esses curtas que nós fazemos com os estudantes são utilizados como ferramenta para esses jovens refletirem e se expressarem. É muito satisfatório ver a arte ajudar diretamente na vida de cada aluno que participou deste projeto”, enfatiza o produtor audiovisual.