Foto: Pixabay / Divugação
23 DE ABRIL DE 2018
Estudantes criam startup de telefonia e vão representar Brasil nos EUA
A startup Fluke, criada por universitários brasileiros, irá representar o país na International Business Model Competition (IBMC). Essa é a competição que premia o melhor modelo de negócio universitário do mundo. O evento ocorrerá nos dias 10 e 11 de maioem Utah, nos Estados Unidos (EUA).
Desenvolvida por alunos da Universidade de São Paulo (USP), da Fundação Getulio Vargas (FGV) e da Universidade Paulista (Unip). Fluke foi pensada para ser uma operadora de telefonia virtual, focada na personalização do atendimento e na transparência.
“[A ideia é] você não ter muita burocracia para poder montar o plano da maneira que você quer. Você consegue colocar, pelo aplicativo, o pacote que quer, já lança o preço e pode já contratar ou mudar o plano. Sem burocracia, sem ter que passar por intermediário”, destaca Marcos de Oliveira Junior, aluno do curso de Engenharia de Produção da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP e um dos idealizadores da startup fundada em junho do ano passado.
“Na questão da transparência, você terá acesso, pelo nosso aplicativo, a seu padrão de consumo em tempo real, se a franquia de dados está acabando, quanto você está consumindo e com que está mais consumindo”, acrescentou.
Os estudantes planejam iniciar o funcionamento da operadora virtual de telefonia. Irá funcionar com a infraestrutura alugada de uma operadora física. Isso no próximo ano, no DDD 16. Eles pretendem se focar no público universitário da região.
“A gente tem São Carlos, Araraquara e Ribeirão Preto, em São Paulo. São 3 milhões de chips e 300 mil universitários. Então, 10% da população são o denso do nosso público. Por isso, a gente tem que começar lá e depois ir expandindo gradual”, destacou Marcos.
Segundo os estudantes, já estão prontas as plataformas referentes à transparência, que permitem que o cliente consiga acessar padrões de consumo. E também a interface de comunicação com o usuário final e o plano de publicidade. Os contratos com as operadoras físicas ainda estão em negociação.
Os alunos estimam um investimento inicial de aproximadamente R$ 6 milhões. Para a viagem aos Estados Unidos, eles estão fazendo um crowdfunding (financiamento coletivo). A meta é de arrecadar R$ 30 mil, dos quais metade já foi obtida.
Além de Marcos, participam da startup Matheus Uema, aluno do curso de Engenharia de Computação da USP, em São Carlos; Yuki Watanabe, aluno do curso de Engenharia Elétrica da USP; Vinícius Ito, estudante do curso de Engenharia Mecânica da Escola Politécnica da USP; Leonardo Santos, aluno de administração da FGV, e Augusto Pinheiro, que estuda Ciências de Computação na Unip.
No Brasil, a exploração de Serviço Móvel Pessoal (SMP) por meio de rede virtual foi regulamentada por meio da Resolução nº 550, em 2010, pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).