Com o apoio do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, a exposição “Oralidades Pretas – Interculturalismo e Ancestralidade em Matriz Africana” chega ao Guarujá.
Desse modo, no dia 11 de março, sendo abrigada no Centro Esportivo Don Domênico até o dia 31 do mesmo mês.
A exposição, com curadoria do professor Alexandre Soares Miranda, também conhecido como Mestre Padinha, surge após sua passagem nos últimos anos pela Africa do Sul, onde fez uma imersão nas narrativas artísticas e socioeducativas, nos processos de resgate, preservação e relações de coexistência cultural e social, na música, na literatura e nas culturas tradicionais regionais.
Exposição
A exposição reúne 80 fotografias, todas em PB (preto e branco), captadas ao longo das atividades desenvolvidas por Padinha na África, numa experiência enriquecedora para suas pesquisas em Educação Étnico Racial pela FEUSP e na UFABC em parceria com a Wits (University of the Witwatersrand), de Johannesburg, em políticas públicas nas linguagens de matriz africana.
Entre ações documentadas neste período estão palestras, saraus, shows, intervenções, manifestações sociais. Além disso, com imagens assinadas por Júlio Alves, Daniel GTR e Joma Nigra, com Ilustrações de Melmanng Gonçalves.
A mostra é dividida em quatro módulos:
Sendo elas, oralidades, resistência, capoeira e África.
Na data de abertura do evento, às 10h, um bate papo unirá o curador, Alexandre Padinha, a Rodolfo de Oliveira Santos, mais conhecido na capoeira como professor Jabuti, representante da cidade litorânea que mantém o Centro de Treinamento da Arte Capoeira. Localizado na Rua das Roseiras, na Praia do Pernambuco.
Também participarão da atividade a escritora Erika Balbino e a estudante Giovanna Ferreira Miranda.
Para Padinha, idealizador da exposição, nem sempre a documentação destes patrimônios materiais e imateriais da cultura tradicional e ancestral do povo negro foi registrada de forma linear.
A mostra trabalha visualmente o ambiente dos signos das vestimentas na capoeira, no jongo, no samba de terreiro e na ciranda, com o intuito de reafirmar e reavivar processos históricos construídos a partir da oralidade e do corpo como expressão social e cultural.
Portanto, a iniciativa parte da perspectiva de que a cultura é lugar de expressões individuais e coletivas que ritualmente ativam gatilhos de conhecimento, autoestima.
Além disso, gerando interesse e valorização do legado que faz parte da formação estrutural da cultura brasileira, dialogando com a necessidade de afirmação quanto a presença negra como ator indispensável nestes processos.
Nesse sentido, o apagamento contínuo e estrutural dificulta o reconhecimento das contribuições efetivas dessa população nos setores da ciência, arquitetura, história, cultura e educação.
Onde fica
Exposição Oralidades Pretas – Interculturalismo e Ancestralidade em Matriz Africana
De: 11 a 31 de março
Local: Centro Esportivo Don Domênico
R. das Roseiras, 190 – Balneário Praia do Pernambuco, Guarujá/SP
Datas e Horários: Segunda à sexta, das 10h às 17 h0ras
Instagram: @orbitagestaocultural @oralidadespretas