Há um ano, um dos assuntos mais comentados no Brasil era o fenômeno das lives. Diante da proibição de shows com público, os artistas criaram novos modos para continuar com suas atividades. Assim surgiram as lives.
Um dos primeiros artistas a produzir shows neste formato foi o cantor sertanejo Gustavo Lima no fim de março de 2020. O índice de visualizações foi impressionante e dessa forma cantores de todos os gêneros começaram a marcar shows para abril. Dessa forma, a agenda era tão concorrida que tinha live todo dia.
Para se ter uma ideia, no show da cantora Marília Mendonça, o número de acessos simultâneos foi de 3,3 milhões, praticamente a totalidade da população do Uruguai.
Uma das lives de maior sucesso foi a realizada pela cantora Marília Mendonça/ Foto: Divulgação
Rapidamente, as lives foram para a televisão: a Globo e a Band apostaram na nova onda, com a promoção dos shows de Roberto Carlos, Luan Santana, Alok, Ivete Sangalo, Daniel e Matheus e Kauan, ampliando o alcance.
Criatividade
Nos dois primeiros meses, os shows dominaram a agenda cultural e isso foi importante para as pessoas cumprirem o isolamento de forma mais tranquila em casa com o entretenimento.
Vale destacar que os artistas não pouparam a criatividade e além do show conversaram com o público, expondo um lado mais familiar.
Todavia, o sucesso das lives foi perdendo força no segundo semestre, tanto que atualmente, a maioria dos cantores famosos fazem shows apenas no fim de semana ou em feriados.
Ao longo da pandemia, as lives se tornaram uma tendência não só na música, mas como em palestras, debates e coletivas, já que as pessoas estão aproveitando ainda mais os recursos da internet.