Marina Zatz de Camargo, conhecida por meio de seu nome artístico Luisa Mell, é uma apresentadora de televisão, atriz, modelo, escritora e ativista pelo direito dos animais, natural de São Paulo.
Sua carreira na TV se iniciou devido à sua função de assistente de palco e, posteriormente, Luisa ganhou o seu próprio programa, focado em animais de estimação.
Em relação aos seus projetos de ativismo, o acolhimento de cachorros sempre foi uma das principais atividades.
Carreira
Assim, a primeira aparição de Luisa Mell na televisão aberta ocorreu em 1998, no quadro Família Pimenta do programa Domingo Legal, no SBT.
No ano seguinte, ela foi contratada pela RedeTV! para atuar como repórter no programa Eu vi na TV.
Dessa forma, em 2001, se tornou responsável pelo quadro Objeto de Desejo do programa Noite Afora e, finalmente, em 2002, estreou dois programas próprios: o primeiro foi o Black Brasil, sobre música afro-brasileira, transmitido às sextas-feiras, e o segundo, Late Show.
Vale lembrar que o Late Show passava aos domingos e era voltado para o mundo animal, abordando temas relacionados a cuidados com os pets, como campanhas de adoção, resgate de animais maltratados e o tratamento veterinário de gatos e cachorros vítimas de abandono.
Assim, com o encerramento do Black Brasil, no mesmo ano de lançamento, Luisa se tornou uma das principais apresentadoras do TV Fama, onde permaneceu até 2006.
Já em 2007, foi a estrela do musical Cinderela e dos espetáculos Mãos ao Alto, São Paulo e Nunca Se Sábado.
Desta forma, o fim do Late Show ocorreu repentinamente em 2008, após a apresentadora ser demitida da RedeTV! — sem aviso prévio — por razões pessoais.
Inclusive, ela foi proibida até mesmo de aparecer em programas da emissora.
Série
No mesmo período, Luisa foi protagonista da série Amorais, do Canal Brasil, e em 2010 se tornou colunista de um site sobre o direito dos animais e apresentadora do programa Comunidade dos Bichos, ambos pertencentes à Rádio Bandeirantes.
No ano seguinte, ingressou no elenco da telenovela global Araguaia e foi contratada pela TV Gazeta para apresentar o programa Estação Pet.
Dessa forma, como modelo, Luisa Mell foi madrinha de bateria no carnaval paulista de 2007 e 2008, desfilando por duas diferentes escolas de samba.
Aliás, ambos os enredos tratavam de questões ambientais defendidas por ela.
Além disso, também posou para as revistas: São Paulo Futebol Clube, Men’s Health, Cult e Maxim.
Na Men’s Health, além de posar, também foi entrevistada sobre o seu ativismo e na Cult falou de resgate e a adoção animal.
A apresentadora e ativista Luisa Mell. Foto: Divulgação
Ativismo a favor dos animais
O ativismo de Luisa Mell se potencializou graças ao Late Show, onde a apresentadora teve um maior envolvimento com causas do gênero.
Em 2008, criou um evento com o intuito de encontrar lares para cerca de 100 cachorros que haviam sido resgatados por ela.
Assim, seu primeiro livro, Poemas que latem ao coração, foi lançado no ano de 2009.
Em 2010 promoveu uma campanha de resgate aos cachorros vitimados pelas enchentes de São Luiz do Paraitinga, em São Paulo.
E, em 2018, Luisa lançou o seu segundo livro: Como os animais salvaram minha vida, onde fala sobre sua vida pessoal, carreira televisiva e ativismo.
Invasão ao Instituto Royal
Portanto, no ano de 2013, Luisa invadiu o Instituto Royal com outros ativistas devido às denúncias de que cães beagle estavam sofrendo maus tratos e sendo sacrificados.
Assim, nessa ação, foram salvos 7 coelhos e 178 cachorros.
Ainda em 2013, a ONG Emergência Animal foi fundada temporariamente, com o objetivo de salvar e cuidar de bichos de rua.
Após 2 anos, o Instituto Luisa Mell foi constituído.
Desastre ambiental de Brumadinho
A ativista também esteve presente em Brumadinho, após a barragem da empresa Vale ter se rompido, para auxiliar no resgate dos animais que ficaram presos nos resíduos de mineração, além de denunciar o abate de animais no local do desastre.
Resgate histórico de cães
Ademais, seu último grande feito ocorreu em fevereiro de 2019, quando o Instituto Luisa Mell realizou o maior resgate de cachorros do planeta.
Mais de 1.500 cães que eram maltratados no canil Céu Azul foram salvos.
Não bastasse, o canil era localizado na cidade de Piedade, no interior de São Paulo.
Ele foi denunciado anonimamente para a Política Militar Ambiental, que levou uma equipe até o local e confirmou a veracidade da denúncia, pedindo a interdição do canil.
Por se tratar de um número elevado de animais, Luisa teve que alugar 2 galpões para abrigá-los, pois seu instituto já estava superlotado.
A luta continua
Atualmente, a luta de Luisa segue através das redes sociais.
Assim, com mais de 3 milhões de seguidores no Instagram, a paulistana conscientiza as pessoas sobre os direitos e a defesa dos animais e intervém tanto em achados e perdidos quanto em processos de adoção.
“Quem gosta dos animais sabe que pode contar comigo, pois é uma causa que eu adotei para minha vida”, declara Luisa Mell.