A um ano das eleições, políticos só pensam “naquilo” | Boqnews
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Eleições

01 DE OUTUBRO DE 2021

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A um ano das eleições, políticos só pensam “naquilo”

Faltando um ano para as eleições de 2022, nomes e cenários já começam a surgir para os cinco cargos em disputa

Por: Da Redação

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Neste sábado (2), faltará exatamente um ano para as eleições no Brasil, ou seja, começou a contagem regressiva para os brasileiros decidirem o futuro do País, exercendo o papel do voto para presidente, governador, senador, deputado federal e deputado estadual ou distrital.

As eleições de 2022 certamente vão entrar para a história do País, como uma das mais polêmicas.

Afinal, ainda nem chegamos ao fim de 2021 e já tivemos a discussão do voto impresso auditável na Câmara dos Deputados, manifestações por todo o Brasil contra e a favor do presidente Jair Bolsonaro, além da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que deixou o ex-presidente Lula elegível, após todo o processo na Operação Lava-Jato, na qual culminou na sua prisão em 2018.

Reforma Eleitoral

Na última terça-feira (28), foi promulgada a Reforma Eleitoral no Congresso Nacional.

De acordo com o cientista político, Fernando Chagas, o maior impacto da reforma é a contagem em dobro dos votos dados a mulheres e negros no Legislativo para efeito de distribuição dos recursos dos fundos partidários e eleitorais, tão necessários numa campanha nacional, justamente para evitar que esses candidatos sejam usados apenas para a formação das chapas eleitorais, sem chances de vitória, ou seja, servindo como “laranjas” dos partidos interessados em eleger homens brancos.

Além disso, o cientista político citou que felizmente o Senado Federal não aprovou o Projeto do Código Eleitoral, votado na Câmara dos Deputados, sem discussão aprofundada, sob orientação de seu presidente, Arthur Lira (PP), que significava um grande retrocesso na Legislação Nacional.

“Dessa forma, passaram somente alterações pontuais, por Emendas Constitucionais, tais como novas datas de posse de presidente e governadores, consultas populares, incorporações partidárias e fidelidade partidária, determinada apenas pela jurisprudência do Supremo Tribunal Federal até então e agora prevista na Lei Maior do País”, destacou Chagas.

Presidência

Logicamente que até o dia da eleição tudo pode acontecer.

Entretanto, conforme divulgado pelas últimas pesquisas, a disputa presidencial tem uma polarização entre o atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o ex-presidente Lula (PT), sendo que o petista aparece na frente.

Essa polarização tem sido a marca do Brasil nos últimos anos e ficou evidente nas manifestações do último 7 de setembro, quando houve ato dos dois grupos.

Outros políticos que pretendem ser candidatos, como Ciro Gomes (PDT) e João Doria (PSDB), tentam ocupar a chamada ‘terceira via’, que busca ser opção para quem não quer Bolsonaro ou Lula.

Vale destacar que o presidente precisa se filiar a um partido político e o prazo está chegando ao fim. Ao que tudo indica, Bolsonaro deve ir para o Progressistas (PP), partido que compõe o Centrão e tem uma base forte, ou com o PL e o PTB, que inclusive já fez o convite ao presidente.

A cientista política Clara Versiani cita que de acordo com as pesquisas, Ciro Gomes tem uma certa preferência para ser o candidato da terceira via, haja visto que o ex-governador do Ceará é conhecido em todo território nacional.

“É importante notar isso, pois, por exemplo, João Doria, que não é muito conhecido em algumas regiões do Brasil, na última pesquisa de avaliação do Governo do Estado de São Paulo teve uma rejeição relativamente alta”, frisou a cientista.

Ela alertou que este cenário pode mudar, citando o caso da eleição para a Prefeitura de São Paulo em 2016, quando João Doria começou mal nas pesquisas, mas foi crescendo e conseguiu ser eleito.

Governo de SP e Senado

As eleições para o Governo do Estado de São Paulo prometem ser acirradas, assim como ocorreu em 2018.

Um dos motivos para este panorama é a quantidade de possíveis candidatos que tem um legado na política.

O ex-governador Geraldo Alckmin deve disputar a eleição pelo PSD, deixando o PSDB, partido que ajudou a fundar.

Outros possíveis candidatos são o também ex-governador Márcio França (PSB), que pode ser vice de Alckmin e o atual vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB), que tem a máquina ao seu favor.

Além disso, não se pode desconsiderar os nomes do ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT) e Guilherme Boulos (PSOL), que se forem candidatos terão um bom percentual de votos.

Existe também a possibilidade de Jair Bolsonaro lançar um candidato para disputar o Governo de São Paulo. O ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas é o mais cotado. Conforme divulgado nas últimas pesquisas, o equilíbrio impera no cenário estadual.

O PSDB vive uma verdadeira hegemonia no Estado. Afinal o partido venceu as últimas sete eleições (1994, 1998, 2002, 2006, 2010, 2014 e 2018),

Questionada sobre o possível fim da hegemonia, Clara Versiani ressaltou que é preciso analisar a situação “Vamos supor que Geraldo Alckmin seja novamente eleito. Ele certamente levará boa parte dos integrantes do PSDB para a sua chapa. Além disso, vamos esperar posicionamento do atual governador, já que ele tem realizado reuniões com alguns prefeitos. Então é cedo ainda para traçar um cenário sobre como chega o PSDB para as eleições”.

Clara Versiani também salientou que as possíveis candidaturas de Haddad e Boulos devem dividir o eleitorado, então ainda existe muita indefinição.

Para o Senado Federal, que nestas eleições só terá uma vaga por Estado, a analista política destaca o equilíbrio na corrida eleitoral, justamente por conta deste motivo. “A maioria dos grandes partidos lançam candidatos para a disputa do Senado”.

Em 2018, São Paulo elegeu Major Olímpio (PSL), falecido em março, e Mara Gabrilli (PSDB).

Legislativo

As eleições no Legislativo tanto para deputado federal, como para deputado estadual, prometem trazer fortes emoções. Os atuais parlamentares da região Rosana Valle (PSB) e Júnior Bozzella (PSL) no Congresso Nacional e Kenny Mendes (PP), Paulo Côrrea Jr (DEM), Caio França (PSB) e Tenente Coimbra (PSL) devem tentar a reeleição.

Existem outros nomes da política da Baixada Santista que podem ser candidatos em 2022, como Alberto Mourão, Antônio Carlos Banha, Audrey Kleys, Adilson Júnior, Cássio Navarro, Danilo Morgado, Débora Camilo, Ivan Sartori, João Paulo Papa, Marco Aurélio Gomes, Paulo Alexandre Barbosa, Solange Freitas, Telma de Souza, para citar alguns.

O cientista político Rafael Moreira cita que as eleições no Legislativo já estão em ritmo de pré-campanha em curso, tanto que é comum as postagens patrocinadas nas redes sociais.

Além disso, o cientista político enfatizou que o cenário das eleições para deputado federal e estadual depende das filiações partidárias.

Questionado sobre a possibilidade de aumento de representantes da região, conforme o número de candidatos, Rafael Moreira salientou que se um partido lançar apenas uma figura da Baixada Santista, a chance de dividir votos é menor. Já se a sigla lançar mais de um nome, acabará dividindo os votos. “Depende um pouco da filiação partidária que essas pessoas que vão disputar as eleições contra aqueles que já têm mandato”.

Por fim, Moreira explicou que os políticos da região devem ter três focos durante a campanha. A pandemia, que certamente terá um papel importante na hora do voto; o emprego, pois a população passa por um momento de muita dificuldade, com o desemprego que atinge cerca de 14 milhões de brasileiros e por último, a desigualdade social que fica cada vez mais evidente a cada dia.

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