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24 DE JULHO DE 2009

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Adaptação cuidadosa

Iniciar o ano letivo numa escola nova é uma experiência desafiadora para a maioria das crianças e dos jovens. Inseridos em um ambiente, até então desconhecido, eles precisam se adaptar às mudanças e se familiarizar com os novos grupos. Para amenizar os impactos a participação da família nesse processo é fundamental. É ela que vai […]

Por: Da Redação

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Iniciar o ano letivo numa escola nova é uma experiência desafiadora para a maioria das crianças e dos jovens. Inseridos em um ambiente, até então desconhecido, eles precisam se adaptar às mudanças e se familiarizar com os novos grupos.

Para amenizar os impactos a participação da família nesse processo é fundamental. É ela que vai ajudar o jovem a iniciar uma trajetória de sucesso no ambiente escolar. 

No caso da Educação Infantil, que abrange uma faixa etária de crianças de 2 a 5 anos, o envolvimento dos pais é ainda mais importante. Nessa idade, a adaptação se relaciona diretamente com a separação do pai e da mãe e da experiência de estar sozinho em um ambiente novo. “Os pais precisam encorajar os filhos e estarem dispostos a responder todos os questionamentos por parte deles”, diz a pedagoga Elaine Petito Vieira. “Eles precisam dizer que escolheram o melhor lugar para a criança ficar e fazer com que ela se sinta segura neste local”, complementa.

Uma das opções para facilitar a integração da criança com o novo ambiente é começar com uma frequência gradativa às aulas. “A criança pode ficar na escola durante os primeiros dias por algumas horas e esse período pode aumentar aos poucos para que ela se sinta mais à vontade”, comenta.

Nessa fase, de acordo com Elaine, os casos de transferências mais comuns são as que acontecem por opção dos pais. Em algumas situações a família prefere trocar o método de aprendizado ou até mesmo encontra uma escola que tenha uma estrutura melhor.

Já que tratam-se de crianças pequenas, a escola também tem um papel importante na adaptação dos novos alunos. Os trabalhos desenvolvidos pelos profissionais devem fazer com a criança sinta-se parte do grupo e de um ambiente acolhedor. “A escola deve complementar e ampliar em diversos sentidos a função da família com atividades planejadas e estruturadas, de acordo com a faixa etária”, indica a pedagoga.

Fundamental
Ao contrário do que acontece na Educação Infantil, no Ensino Fundamental, que atende as idades de 6 a 14 anos, o motivo pela qual a mudança foi feita deve estar claro. “Nessa idade eles já especulam e querem saber o porquê das coisas. Além disto, eles desenvolveram vínculos de amizade com outras crianças”, explica.

Nessa fase, a pedagoga afirma que o vínculo da família com a escola é a chave para a adaptação da criança no novo ambiente. Será por meio desse vínculo que ela se sentirá segura. “Nessa faixa etária, eles fazem amizades muito fácil. Por isso, se forem direcionados com boas atividades lúdicas, o sucesso é praticamente garantido”, afirma.

No Ensino Fundamental, os casos de transferências mais comuns, segundo a pedagoga, ocorrem por mudança de cidade ou método de ensino. “É importante que os pais conheçam a escola e procurem por um método que a criança já estava habituada para que ela não encontre dificuldade de adaptação”, diz. “A escola deve propiciar ao aluno que se sinta diferenciado e integrado no grupo”, indica Elaine.

Ensino Médio
As transferências escolares durante a adolescência podem ser mais complicadas. Os estudantes costumam ter, em sua maioria, de 15 a 17 anos e por apresentarem vínculos de amizades mais fortes podem se colocar menos dispostos às mudanças. “Nessa idade, os pais precisam tomar cuidados para não serem manipulados pelos filhos. Porque, em alguns casos, eles estão descontentes com a mudança e se dizem insatisfeitos com os métodos e organização do novo ambiente”, analisa.

Assim como em qualquer outra fase é importante que os pais estejam presentes no cotidiano e nas atividades diárias que envolvem a escola. Ter conhecimento das novas amizades, do funcionamento e da estrutura da nova escola é essencial. “Às vezes, o adolescente se exclui do grupo, não se interessa pelas aulas ou até dorme durante esse período. Isso pode ser um sinal de que está desanimado com a mudança”, comenta.

Os pais precisam ser sensíveis a esses sinais e ao comportamento do filho, que indicará a maneira pela qual ele se vê na nova escola. “Cabe aos pais analisarem essas questões antes de matricularem os filhos em um novo local. Depois que a decisão foi tomana, o acompanhemento é ainda mais fundamental, pois é por meio do rendimento do aluno na sala de aula que ele poderá analisar a adaptação do filho e até mesmo o método aplicado. A conversa informal e a amizade é indispensável nesse processo”, destaca a pedagoga.

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