Aécio defende recibo para aumentar confiabilidade de urna | Boqnews
Foto: Divulgação

Política

16 DE ABRIL DE 2015

Siga-nos no Google Notícias!

Aécio defende recibo para aumentar confiabilidade de urna

No ano passado, o tucano lembrou que o partido pediu ao Tribunal Superior Eleitoral uma auditoria especial do processo

Por: Ranier Bragon
Da Redação

array(1) {
  ["tipo"]=>
  int(27)
}

 

Aécio é o principal nome da oposição ao governo Dilma Rousseff

Aécio é o principal nome da oposição ao governo Dilma Rousseff

Em debate sobre a reforma política na manhã desta quinta-feira (16), o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), defendeu o registro em papel do voto dos eleitores com o objetivo de aumentar a confiabilidade da urna eletrônica.

Derrotado nas eleições presidenciais do ano passado, o tucano lembrou que o partido pediu ao Tribunal Superior Eleitoral uma auditoria especial do processo, sob o argumento de que há diversas manifestações que levantam suspeitas sobre a urna.

Aécio, ressalvou, porém, que não pretende adotar nenhuma ação de questionamento da vitória de Dilma Rousseff -apenas adotar medidas de aperfeiçoamento do sistema.

“O primeiro a reconhecer o resultado da eleição fui eu”, afirmou o tucano, acrescentando a proposta de que o voto do eleitor gere automaticamente um recibo em papel que seria depositado em outra urna.

“Defendo um sistema que preserve a urna eletrônica, que é um avanço, mas que permita minimamente sua conferência quando a Justiça achar necessária.”

As declarações foram dadas durante reunião da comissão da Câmara dos Deputados que discute a reforma política. Aécio afirmou que cerca de 30 pessoas trabalham na auditoria pedida ao TSE e que suas conclusões serão apresentadas até o segundo semestre deste ano.

REFORMA POLÍTICA

Ainda na reunião, o tucano voltou a listar as propostas do PSDB para a reforma política. Ele listou seis pontos.

O primeiro é a alteração do atual sistema de eleição de deputados para o “distrital misto”. Ele prevê a divisão do Estado em distritos que elegem, cada um, um representante, mas não o total de cadeiras do Estado. A outra parte seria definida com base no voto em uma lista de candidatos definida previamente pelos partidos políticos.

O segundo e o terceiro pontos visam barrar a proliferação de partidos, com a chamada cláusula de barreira -que asfixia legendas com pouquíssimos votos- e o fim da coligação entre siglas para as eleições proporcionais -outro modelo que, hoje, beneficia os nanicos.

O quarto ponto é o fim da reeleição, com mandato ampliado de cinco anos (no caso dos senadores, redução de oito para cinco anos).

O quinto ponto defende que o tempo de propaganda eleitoral, hoje o principal mecanismo das campanhas políticas, seja definido com base apenas no peso dos partidos que componham a chapa -o do candidato a presidente e o do candidato a vice, por exemplo-, não o peso de todas as legendas da coligação, como ocorre hoje. Segundo Aécio, o objetivo é evitar a mercantilização do apoio partidário na época das eleições.

Por fim, o PSDB defende a manutenção do financiamento misto de campanha (público e privado), com algumas alterações. Entre elas a obrigação de que os programas de TV sejam bancados exclusivamente pelo dinheiro público, com restrições que levem ao seu barateamento.

Aécio também afirmou ser favorável à proibição da divulgação de pesquisas de que institutos que trabalhem para governos ou candidatos. “Eu acho que esses institutos terão que fazer uma opção, como faz o Datafolha, por exemplo, que não realiza trabalho para partidos políticos. O que assistimos [hoje], efetivamente, é na verdade essa mistura de interesses em que, depois, perde-se o controle efetivamente, no final, em relação aos resultados das pesquisas eleitorais”, disse o presidente do PSDB.

Notícias relacionadas

ENFOQUE JORNAL E EDITORA © TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

desenvolvido por:
Este site usa cookies para personalizar conteúdo e analisar o tráfego do site. Conheça a nossa Política de Cookies.