O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso disse que, independentemente de quem vier a ganhar o segundo turno da eleição para a Presidência da República neste domingo (28), o candidato eleito terá que respeitar as regras do jogo, uma vez que o país não vai aceitar um regime autoritário e que não seja democrático.
Em palestra durante o 4º Fórum de Saúde Suplementar, que tem como tema O Momento Institucional Brasileir; no Centro de Convenções do Windsor Hotel, na Barra da Tijuca, o ministro do STF lembrou que o país vive o momento de renovar os votos democráticos.
E também disse que “quem ganha tem o direito de governar, e também o deve respeitar as regras do jogo”.
A avaliação de Barroso é de que o país vive um momento em que existe espaço na democracia para todos os projetos, “sejam eles liberais, progressistas ou conservadores e que só não tem lugar para projetos desonestos e autoritários”.
Para o ministro, esta é a única vigilância que o país tem de manter permanente: o respeito às regras do jogo, aos direitos de todos e a não aceitação de projetos que sejam autoritários.
Sistema Político
Para Barroso, todos os sistemas políticos extraem o pior e o melhor das pessoas.
“Todas as pessoas têm dentro de si o bem e o mal, isto é inerente à condição humana. E o processo civilizatório consiste em reprimir o mal e potencializar o bem”.
A avaliação do ministro do STJ é de que o sistema político do Brasil, da forma como está é o oposto.
Dessa forma, onde o bem é reprimido, já o mal potencializado.
“O nosso sistema [político] é caro demais, pouco representativo e essa é uma agenda inacabada no Brasil. Precisamos de uma reforma política capaz de baratear os custos das eleições no país. E assim aumentar a representatividade dos parlamentares e facilitar a governabilidade”.
Educação
Em sua palestra, o ministro Luís Roberto Barroso defendeu um projeto suprapartidário e patriótico em favor da educação básica.
Assim, para “blindar a educação do varejo político”.
“O Brasil teve, nos últimos quatro anos e meio, cinco ministros da Educação. E não há política pública que possa resistir a essa fragmentação, a essa descontinuidade”.
“Independentemente de quem possa vir a ser o próximo presidente da República; este pacto suprapartidário pela educação básica é, ao lado da revolução ética. A revolução transformadora que vai fazer o Brasil mais adiante, possivelmente ainda neste século, um exemplo para todos”.