Faltando menos de um mês para o início do horário eleitoral gratuito e pouco mais de dois meses das eleições, pesquisa divulgada hoje pela Instituto Paraná Pesquisas para presidente confirma a liderança de Jair Bolsonaro (PSL) na corrida eleitoral, na hipótese do ex-presidente Lula (PT) não concorrer em razão da sua prisão em Curitiba.
A pesquisa foi realizada com 2.240 eleitores, sendo estratificada segundo sexo, faixa etária, escolaridade, nível econômico e posição geográfica.
No primeiro cenário, com a ausência de Lula, 24,7% dos eleitores disseram que não votarão em nenhum dos nomes apresentados, seguido por Bolsonaro, com 23,6%; Marina Silva (Rede), 14,4%; Ciro Gomes (PDT), 10,7%.
E ainda: Geraldo Alckmin (PSDB), 7,8%; Álvaro Dias (Podemos), 5%, Fernando Haddad (PT), 2,8%; Manuela D’Ávila (PCdoB), 1,7%, Henrique Meirelles (MDB), 1,1%;
E também: Guilherme Boulos (PSOL), 1%, João Amoedo (Novo), 1%, Levy Fidelix (PRTB), 0,8%, Paulo Rabello de Castro (PSC), 0,4% e Vera Lúcia (PSTU), 0,4%.
Assim, Bolsonaro tem ampla vantagem entre o público masculino (31,7%) em relação ao feminino (16,3%).
Já Marina Silva tem maior apelo junto às mulheres (17,1% contra 11,3%), assim como Geraldo Alckmin (8,5% a 6,9%).
Ciro Gomes tem relativo equilíbrio (11,2% entre os homens e 10,2% entre as mulheres).
Com Lula
No entanto, em uma eventual presença do presidente Lula na disputa, ele tem 29% das intenções de votos, contra 21,8% de Bolsonaro; seguido por Marina Silva, com 9,2% e Geraldo Alckmin, com 6,2%. Ciro Gomes vem na sequência, com 6%, empatado tecnicamente com eles.
Por sua vez, fica claro que a presença de Lula tira votos de Marina Silva e Ciro Gomes principalmente, mas também de Geraldo Alckmin e até Bolsonaro.
Com Jacques Wagner
Caso Lula não concorra pelo PT e o escolhido seja o ex-governador da Bahia, Jacques Wagner, o cenário pouco sofre alterações, mantendo a liderança com Bolsonaro, com 23,5%, seguido por Marina Silva, com 14,3% e Ciro Gomes, com 10,8%, seguido por Geraldo Alckmin, com 7,9% e Álvaro Dias, com 4,9%.
Além disso, o candidato petista teria pela pesquisa 2,8%, mesmo índice do ex-prefeito paulistano, Fernando Haddad.
Outros 24,3% declararam não votar em alguém neste cenário.
Potencial dos candidatos – rejeição
Um dos itens que também chama a atenção é o grau de rejeição.
Todos superam os 50% de rejeição, com exceção de Álvaro Dias (mas 1/4 do eleitorado também não o conhece).
Assim, pela ordem, as rejeições dos candidatos, como base na resposta Não votaria nele (a) de jeito nenhum para Presidente do Brasil são as seguintes:
Lula – 54,1%
Jair Bolsonaro – 54,3%
Marina Silva – 55,2%
Ciro Gomes – 58,9%
Geraldo Alckmin – 63,3%
Alvaro Dias – 46%
Fernando Haddad – 67%
Henrique Meirelles – 62,3%
Presidente Temer
Além disso, a pesquisa também buscou saber a atual popularidade do presidente Michel Temer, o explica a baixa popularidade do candidato do governo, o ex-ministro Henrique Meirelles.
Afinal, Temer tem 4,5% de aprovação e 78,1% de rejeição. Outros 16,2% consideram o seu governo como regular.
No total, 87,4% desaprovam o governo Temer, contra 9,1% que o aprovam.
Metodologia
Desta forma, a pesquisa foi realizada entre os dias 25 a 30 de julho em 26 estados e Distrito Federal, totalizando 170 municípios brasileiros.
Assim, a margem de confiança é de 95% e a margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou menos dentro do total das 2.240 entrevistas.
A pesquisa está registrada pela Paraná Pesquisas junto ao TSE sob o número BR – 00884/2018 para o cargo de presidente.