CNC projeta alta de 1,5% para as vendas da Páscoa contra 2% de 2018 | Boqnews
Foto: Arquivo/Rovena Rosa/Agência Brasil

Economia

03 DE ABRIL DE 2019

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CNC projeta alta de 1,5% para as vendas da Páscoa contra 2% de 2018

Aumento do dólar retrai consumidores

Por: Alana Gandra
Da Redação

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A Páscoa terá, este ano, a terceira alta consecutiva nas vendas do varejo, segundo pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

O aumento previsto é de 1,5% em relação ao ano passado, quando o faturamento cresceu 2%.

As vendas devem atingir R$ 2,4 bilhões em  todo o país.

 

Neste ano, a Páscoa sofrerá a terceira alta nas vendas de ovos no varejo. Foto: Arquivo/Rovena Rosa/Agência Brasil

 

O economista-chefe da CNC, Fabio Bentes, disse que a expectativa para a data está condizente com o nível de atividade atual da economia.

Ou seja, “com o nível de consumo e com desemprego ainda alto”.

Observou que essa data, que costuma impulsionar o crescimento das vendas do comércio, este ano vai dar um “empurrãozinho muito pequeno. Porque o nível de desemprego ainda está muito alto”.

Outro fator que atrapalha as vendas da Semana Santa deste ano é a alta do dólar nos últimos meses.

Com isso, produtos como ovos de Páscoa e chocolates em geral; azeite e pescado, ao contrário do ano passado, mostram preços mais salgados, devido ao dólar.

“Isso tende a atrapalhar um pouco as vendas da Páscoa”, disse Bentes.

No entanto, o fator principal para o economista-chefe da CNC é a dificuldade de retomar a capacidade de consumo no ambiente de desemprego alto.

“Acho que isso está por trás desse número decepcionante das vendas de Páscoa”.

O aumento de 1,5% projetado para o faturamento do varejo na Semana Santa está bem distante da alta de 9,5% registrada em 2010.

Contudo, o economista lembrou que esse foi um outro momento da economia.

À época, o Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país) evoluiu 7,5%.

Temporários

Bentes destacou que a expectativa de crescimento do PIB este ano está em torno de 2%.

Assim, tende a dar o ritmo da economia.

“Com o mercado de trabalho fraco do jeito que está, o comércio paga a conta nas datas comemorativas. Neste caso, através de altas bem modestas no faturamento real. E isso acaba atrapalhando até a expectativa de contratação de temporários”, afirmou.

A pesquisa da CNC projeta contratação de 10,7 mil trabalhadores temporários na Páscoa em todo o país.

Contudo, abaixo do número do ano passado (10,8 mil), devido ao ambiente incerto na economia.

O que, segundo ele, acaba fazendo com que o varejista invista pouco em contratações este ano.

O salário médio de admissão no varejo deverá ser de  R$ 1.267.

Portanto, uma alta de 5,9% em comparação à Páscoa de 2018.

O economista explicou que, historicamente, cerca de 12% dos trabalhadores temporários acabam efetivados depois da Páscoa em hipermercados e lojas especializadas.

Em termos de vendas, a Páscoa é a quinta data comemorativa do varejo nacional e uma das mais afetadas pela variação do câmbio.

As outras são o Natal, Dia das Mães, Dia dos Namorados e Dia das Crianças.

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