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Internacional

08 DE MAIO DE 2015

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Conservadores conquistam maioria e celebram reeleição de Cameron

Cameron sai fortalecido após um resultado considerado surpreendente pela mídia britânica e especialistas

Por: Leandro Colon
Da Redação

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A grande vitória dos conservadores, adiantada em pesquisa de boca-de-urna da noite passada, derrubou todas as previsões feitas pelos institutos de pesquisa e jornais do Reino Unido para essa eleição

O Partido Conservador conquistou pelo menos 325 cadeiras no Parlamento britânico nas eleições realizadas nesta quinta-feira (7), número que garante a permanência de David Cameron como primeiro-ministro do Reino Unido.

Faltam ainda dez cadeiras a serem apuradas, de um total de 650. Como o Sinn Féin, partido nacionalista da Irlanda do Norte que boicota as votações no Parlamento, conquistou quatro cadeiras, as 325 obtidas pelos conservadores já são suficientes para dar maioria ao atual primeiro-ministro.

O partido Trabalhista, do líder Ed Miliband, aparece em segundo lugar com 228 cadeiras, distante do adversário e abaixo das projeções anteriores que apontavam uma briga acirrada com os conservadores.

Miliband já reconheceu a derrota. A expectativa é que ele renuncie ao cargo de líder nas próximas horas como reconhecimento de um derrota apontada como desastrosa. Em um discurso, ele afirmou que seu partido vivia uma noite “difícil e decepcionante”. “A responsabilidade pelo resultado é minha, sozinho”, disse depois, pelo Twitter.
Cameron sai fortalecido após um resultado considerado surpreendente pela mídia britânica e especialistas. Em 2010, o Partido Conservador conquistou 303 cadeiras e precisou fazer uma coalizão com os liberais-democratas para governar.

Cinco anos depois, o partido do premiê não só melhorou o desempenho, como pode ultrapassar sozinho o patamar de 326 necessário entre 650 cadeiras do Parlamento para mantê-lo no cargo.

Ele venceu com a bandeira da rígida austeridade fiscal do seu governo, que equilibrou as contas públicas do país, e a promessa de um plebiscito até 2017 para decidir pela permanência ou não na União Europeia.

Outro grande vitorioso da eleição foi o SNP (Partido Nacional Escocês), sensação da eleição com uma vitória esmagadora: 56 dos 59 postos escoceses no Parlamento em Londres -tinha seis até hoje. Diante deste cenário, se consolida como terceira força política -de oposição, no caso- do Reino Unido.

Além dos trabalhistas, quem também sofreu um duro golpe nas urnas foi o Liberal Democrata, do vice primeiro-ministro Nick Clegg. A legenda venceu em oito distritos, ante 57 que havia obtido em 2010.

O resultado foi considerado humilhante pela mídia britânica e coloca em dúvida o futuro dos liberais-democratas no jogo político. Clegg considerou o desempenho nas urnas “cruel e punitivo”.

A eleição representa também um fracasso para o líder do Ukip (partido de extrema-direita), Nigel Farage, que ganhou fama pelo discurso antiimigração. O partido obteve apenas uma cadeira e o próprio Farage não conseguiu ser eleito.

Na eleição do Reino Unido, o país é dividido em 650 distritos, representando o mesmo número de cadeiras no Parlamento. Cada partido indica um candidato e o mais votado leva a vaga. Uma legenda precisa de pelo menos 326 para ter maioria e indicar o primeiro-ministro.

Surpresa
A grande vitória dos conservadores, adiantada em pesquisa de boca-de-urna da noite passada, derrubou todas as previsões feitas pelos institutos de pesquisa e jornais do Reino Unido para essa eleição, apontada até então como a mais acirrada desde a Segunda Guerra Mundial.

As capas de jornais britânicos tratam o resultado como surpreendente, um “choque”, como descreveu o jornal The Independent.

Segundo as projeções, conservadores e trabalhistas brigariam na faixa de 260 a 280 cadeiras para cada lado. Não foi o que ocorreu. O partido de Cameron teve um desempenho impressionante e o de Ed Miliband, candidato a premiê, decepcionou.

Dois dos principais nomes do partido de oposição e da equipe de coordenação da campanha de Miliband, Ed Balls e Douglas Alexander, por exemplo, foram derrotados em seus distritos.

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