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Desemprego

24 DE NOVEMBRO DE 2015

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Crise do emprego se espalha pelo país, mostra IBGE

O desemprego no Estado de São Paulo foi de 9,6% no terceiro trimestre, acima da taxa do segundo trimestre (9%)

Por: Da Redação

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carteira de trabalhoA taxa de desemprego cresceu em 22 das 27 unidades da federação no terceiro trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado, mostram dados divulgados pelo IBGE nesta terça-feira (24).

A Bahia tinha a maior taxa de desemprego do país, de 12,8% no terceiro trimestre deste ano. Santa Catarina, por outro lado, tinha a menor, de 4,4%.

O desemprego no Estado de São Paulo foi de 9,6% no terceiro trimestre, acima da taxa do segundo trimestre (9%) e do mesmo período do ano passado (7,2%).

Trata-se da maior taxa de desemprego do Estado de São Paulo desde 2012, início da série histórica do IBGE. Outros dez Estados também registraram taxas recorde desde 2012.

Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, disse que o aumento da procura por trabalho foi o grande responsável pelo crescimento da taxa de desemprego no país.

Segundo ele, os trabalhadores perderam o emprego no setor privado e foram trabalhar por conta própria (autônomos, como camelôs), uma atividade que gera menor renda para as famílias.

“Sem a estabilidade do emprego, outros membros da família procuraram trabalho. Isso inflou a procura. É um processo que estamos vendo há alguns trimestres”, disse Azeredo.

O resultado se refletiu no desempenho das grandes regiões do país. No Nordeste, a taxa chegou a 10,8%, a maior entre as regiões. Essa taxa era de 8,6% no mesmo período do ano passado.

A taxa também cresceu em outras regiões na comparação com o mesmo período de 2014: Sudeste (6,9% para 9%), Norte (6,9% para 8,8%), Sul (4,2% para 6%) e Centro-oeste (de 5,4% para 7,5%).

Para Azeredo, o desempenho da região Sudeste chamou atenção por ser um “farol” do que vem pela frente no mercado de trabalho.

“No Sudeste houve aumento do desemprego em todos os Estados. Eles concentram a atividade econômica do país, têm as grande empresas, setor automotivo, 44% da força de trabalho. Ela anuncia o que vai acontecer com o emprego”, disse Azeredo.

CAPITAIS

O desemprego também cresceu significativamente em 14 das 27 capitais brasileiras no terceiro trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo o IBGE.

Das capitais, o município de Salvador tem a maior taxa de desemprego, de 16,1%. O Rio de Janeiro tem a menor, de 5,1%, apesar de ter crescido frente ao mesmo trimestre de 2014 (4,8%).

O desemprego no município de São Paulo foi de 8,1%, menor do que a região metropolitana de São Paulo (9,7%), sinalizando que o problema é maior na periferia.

A maior renda do país está em Vitória (ES), de R$ 3.782. A pequena ilha concentra empresas e serviços da região, o que ajuda a explicar a elevada renda.

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